sábado, 27 de janeiro de 2018

Lá grimas

Lá grimas

São manifestações de sentimento

De lamento
de dor
de remorso
e as que a gente nem sabe o porquê

De saudade
de emoção
de lembranças
boas e ruins

Ocultas e públicas
acompanhadas ou não
de gemidos e soluços

Contidas
em gotas
abundantes
revigorantes
somem

Da escassez
da fartura
do abandono
coletivas
censuradas...

De medo
do livramento
de aperreio
as secas doem mais

De alegria
de comemoração
de liberdade
se eu pudesse, guardava pra chorá-las de novo...


Joserrí de Oliveira Lucena
25 de janeiro de 2018

O roubo dos patos de Rui Barbosa

O Roubo dos patos de Rui Barbosa

Como uma das histórias que se atribuem a Rui Barbosa, para enaltecer o domínio da língua culta, O Roubo dos Patos é quase um trava-línguas.

Consta que ao chegar em casa numa certa ocasião, Rui Barbosa ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.

Surpreendeu o indivíduo, que já estava prestes a pular o muro com uns patos debaixo do suvaco:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinqüagésima potência que o vulgo denomina nada.
O ladrão, confuso que só você e eu depois dessa sopa de letrinhas, diz:

- Dotô, resumino, eu levo ou deixo os pato?




texto adaptado por
Joserrí de Oliveira Lucena
professor e bancário
historiador, financista e bacharel em Direito

Relações oscilam

Tenho lido sobre relações interpessoais e passei a observar como pessoas se agrupam, desagrupam e  reagrupam em função de afinidades e interesses semelhantes; nesses ajuntamentos existe uma dinâmica pela qual se retroalimentam - não raro ultrapassando a tênue linha que "divide" interesses pessoais e profissionais, com reflexos em terceiros (propositalmente alheiados de tudo que acontece).

A tecnologia tornou mais fácil ampliar relações a um número quase ilimitado de "amigos". Com as redes sociais as pessoas se tornam e deixam de ser próximas com um clique (convidadas, bloqueadas ou banidas da amizade, tudo de forma virtual) num processo invisível, inodoro e "indolor".

Por vezes essa proximidade é coletiva e os contatos ocorrem praticamente sem interrupções. Estudantes, por exemplo, usam aplicativos para criar grupos para cada turma; mas dentro da turma criam subgrupos, para lidarem com questões específicas. Os contratempos surgidos no grupão, são discutidos nos grupinhos, e isso gera ou distenciona situações (extinguindo ou surgindo novos ajuntamentos). Já tive que intermediar situações em complicadas por causa disso.

Se perguntado como reagir a uma situação em que alguém da "rede" está sob fogo cruzado, uso uma das minhas premissas:

Para mim, o que define uma pessoa não é o que ela diz; tampouco o que dizem dela;
O que melhor define uma pessoa (inclusive eu e você), é como age quando outro ser está em apuros.

Um abraço a todos e boa semana!


Joserrí de Oliveira Lucena

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