PT passa o PMDB e elege maior bancada Texto publicado em 05 de Outubro de 2010 - 06h44 |
Concluída
a apuração dos votos no País, as urnas promoveram modificações importantes na
distribuição de forças na Câmara dos Deputados. Entre elas, a mais
significativa é que o PT ampliou seu contingente e tomou do PMDB o título de
maior partido da Casa. Embora aliadas, as duas legendas se preparam para brigar
entre si, em fevereiro próximo, pela presidência da Câmara. E os petistas saem
na vantagem, com uma bancada que cresceu de 79 para 88 parlamentares, enquanto
os peemedebistas caíram de 90 para 80 deputados. Já o DEM, que ocupa a quarta
colocação entre as maiores bancadas, teve uma baixa de 14 nomes, passando de 56
para 42 deputados. O PSDB de José Serra perdeu 3 vagas, mas se manteve na
terceira posição, com 53 representantes.
Quem
também saiu bem das urnas foi o PSB de Eduardo Campos, governador
proporcionalmente mais bem votado do País. Os socialistas, que tinham 27
cadeiras na Casa, em 2011 passarão a contar com 34. Também governistas, o PR e
o PP ganharam reforços para a próxima legislatura. Ambos terão 41 deputados. Já
o PV, embora contasse com o bom desempenho da presidenciável Marina Silva, não
conseguiu ampliar sua representação, permanecendo com 14 parlamentares.
No
cômputo geral, a correlação de forças entre partidos governistas e de oposição
não deve sofrer alterações significativas. O bloco favorável do presidente
Lula, que hoje detém 70% das cadeiras da Câmara, deve iniciar a próxima
legislatura com 72%, o que garantirá à petista Dilma Rousseff uma maioria
tranquila caso seja eleita presidente da República no segundo turno. Se o
vitorioso, porém, for José Serra, o tucano deverá contar com o apoio de 23% das
bancadas. O atual bloco de oposição ao governo Lula é um pouco maior, com 26,5%
dos deputados. Todo o quadro, porém, poderá sofrer alterações caso a Justiça
Eleitoral decida contabilizar os votos dos candidatos ficha-suja, que estão
congelados.
ESTADOS
No
primeiro turno da eleição, realizado domingo passado, foram eleitos – ou
reeleitos – 18 dos 27 governadores. Num rápido balanço, pode ser contabilizado
o apoio de 11 deles ao bloco governista, contra sete aliados da oposição.
Embora menos numerosos, os adversários de Dilma Rousseff venceram em alguns
Estados com maior peso político, como São Paulo e Minas Gerais. Já os aliados
da petista assumirão o controle de Estados como Bahia, Rio, Pernambuco e Ceará
(veja quadro nesta página).
Estão
na disputa de segundo turno o Distrito Federal e oito Estados. O PSDB é o
partido com mais candidatos para a segunda rodada de votação: tem cinco. PMDB e
PSB disputam em três Estados cada, e o PT concorre a dois governos. PTB, PDT,
PPS e PSC disputam o segundo turno em um Estado cada um.
Entre
os confrontos previstos para o próximo dia 31 estão o do Pará – onde a
governadora Ana Júlia Carepa (PT) enfrentará o tucano Simão Jatene – e o do
Piauí, com a briga entre o atual governador Wilson Martins (PSB) e o
ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes (PSDB). Em Alagoas, o governador Teotônio
Vilela (PSDB) disputa com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) a permanência no
cargo, e em Brasília, o petista Agnelo Queiroz enfrentará Weslian Roriz (PSC).
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