Os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) travaram o duelo mais duro da campanha na noite deste domingo em debate na Band.
Dilma deixou a postura defensiva em que foi colocada nos últimos dias por causa da polêmica envolvendo o aborto e adotou uma postura combativa.
No quarto bloco, Serra chegou a comentar a ofensiva de Dilma.
"Tenho que confessar que eu tô surpreso.... disse o tucano.
Entre os temas estiveram questões polêmicas da campanha, como aborto, privatizações e escândalos na Casa Civil.
Logo na primeira oportunidade que teve de perguntar, Dilma cobrou Serra de sua campanha procurar atingi-la com "calúnias, mentiras e difamações".
"Essas calúnias têm sido muito claras em alguns momentos. Seu vice, Indio da Costa [DEM] a única coisa que faz sistematicamente é criar e organizar grupos, aproveitando da boa fé das pessoas, pra me atingir até com questões religiosas. Queria saber se o senhor considera essa forma de fazer campanha que usa o submundo é correta", questionou.
Na resposta, Serra foi cinico afirmou se solidarizar com "quem é vitima de ataques pessoais" E ataca blog...."Blogs com seu nome. Se não fosse [algo feito por sua campanha] poderia tirar na Justiça. Fazem ataque a família, amigos.
Serra foi o primeiro a mencionar a palavra aborto.
Na réplica, Dilma disse que Serra deveria "ter cuidado pra não ter mil caras" e disse que o tucano regulamentou o aborto quando foi ministro da Saúde.
"Acho estranho você dizer certas coisas. Você regulamentou o acesso ao aborto no SUS".
Serra mentiu: Serra alegou que a legislação sobre o aborto foi criada em 1940 e disse que não regulamentou o procedimento.
Dilma se defendeu.
"Sou contra tratar como questão de polícia a questão das das mulheres que morrem dia sim, dia não pelo aborto". "Você regulamentou o acesso ao aborto no SUS", falou a Dilma acrescentando que até concorda com a regulamentação e que o aborto não deve ser tratado como um caso de polícia. "Entre prender e atender, eu prefiro atender", afirmou
MONICA SERRA
Dilma lembrou a mulher do Serra, Monica Serra, de usar o tema do aborto para caluniá-la.
"Sua esposa, Monica Serra, eu vou dizer o que ela falou: a Dilma é a favor da morte de criancinhas. Isso é um absurdo", disse ela no segundo bloco.
Antes, no primeiro bloco, já havia tocado no assunto. "Acho gravíssimo a fala da sua senhora."
Serra não respondeu à acusação sobre sua mulher.E nem defendeu
FICHA LIMPA
Dilma disse que Serra enrolava sobre os assuntos que estavam sendo debatidos, disse que o tucano virou réu em uma denúncia em que é acusado de crime de calúnia e difamação e recomendou ao tucano que tomasse cuidado.
"Você se cuida. Você tá dando os primeiros passos pra entrar na Ficha Limpa".
"a última mentira contra a mim foi porque vocês disseram que minha campanha pediu para abrir sigilo (...) Hoje você é réu por calúnia e difamação". Ela falou ainda que acha estranho Serra dizer certas coisas.
"a última mentira contra a mim foi porque vocês disseram que minha campanha pediu para abrir sigilo (...) Hoje você é réu por calúnia e difamação". Ela falou ainda que acha estranho Serra dizer certas coisas.
CASA CIVIL
Serra trouxe à baila o tema envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.
Dilma, por sua vez, lembrou de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (empresa de transportes do Estado de São Paulo), nomeado por tucanos, de roubar R$ 4 milhões da campanha de Serra.
"Você deveria responder sobre seu assessor, que fugiu com 4 milhões de reais da sua campanha."
PRIVATIZAÇÕES
Durante o segundo bloco, a candidata petista alertou que Serra quer privatizar o pré-sal. Ela afirmou que o principal assessor do tucano na área do petroleo afirmou que Serra quer privatizar o pré-sal.
"Não dá pra fugir pela historia do trolóló. Isso foi uma afirmação feita. E isso é grave. Porque o pré-sal é e uma das riquezas mais importantes do pais. Não é pro final da década não. Defender a privatização significa tirar dinheiro do país pra investir em educação de qualidade, meio ambiente, cultura, ciência e tecnologia. É grave".
Dilma lembrou ainda que o tucano vendeu a Nossa Caixa, banco que pertencia ao governo paulista e que foi comprado pelo Banco do Brasil.
Mais à frente, a petista voltou a dizer: "Ou se tem prova ou não se acusa as pessoas. Quando eu digo que ele privatizou, que o Fernando Henrique dizia que ele era o mais empenhado nas privatizações, é um fato histórico. O que eu falar, eu tenho como provar".
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