A misoginia está em alta no Brasil.
Revista Veja faz páreo com a misógina IstoÉ, e decretam: "lugar de mulher, é na cozinha!"
Um absurdo. Um retrocesso.
A IstoÉ tentou desqualificar as mulheres que, guerreiras, conquistam cada vez mais espaços - no caso de Dilma, de projeção internacional, comandando uma das maiores nações do mundo, tratando-a como desequilibrada.
No caso de Veja, enaltecendo a mulher de sorte, primeira-dama, "do lar", recatada... esposa do vice Michel Temer.
Só faltou chamar Marcela de boneca Hello Kitty (para eles, o arquétipo de mulher perfeita: sem boca)...
Por ato falho, Veja a compara a Grace Kelly, atriz norte-americana que abriu mão da carreira, virou dondoca ao casar-se com o príncipe de Mônaco - mas ninguém sabe até hoje dos detalhes do fatídico "acidente" numa Rover 3500, que a vitimou (suspeitou-se que o carro teria sido sabotado).
Em Hollywood, Grace Kelly ficou famosa como a Musa de Hitchcock (o famoso diretor de filmes de suspense).
A revista não diz que os Grimaldi nem de longe eram o modelo da Tradicional Família Cristã: por séculos, vários episódios animaram a mídia mundial, com escândalos sexuais, traições, filhos ilegítimos, casamentos arranjados... sendo a filha caçula do casal Ranier-Gracie, Stephanie, apenas mais uma das celebridades desse nada recatado mundo do poder.
Qual TEMER devemos temer: Hitchcock ou Ranier?
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