Nem o cidadão mediano, alheio aos detalhes de uma investigação de cena de crime, caiu nesse conto do vigário que incrimina o filho do casal.
Aos poucos, o DHPP vai sendo desmoralizado, o que pode repercutir em outros casos já "elucidados" e sua credibilidade vai sair maculada desse episódio, em que precipitou-se em escolher rapidamente uma única linha de investigação, e esforçar-se para validá-la; essa tese não se sustenta.
Vejam, por exemplo, o que diz o legista George Sanguinetti, em matéria divulgada na mídia no dia de hoje. Reproduzimos a matéria e a fonte logo abaixo.
Leia mais sobre minha opinião em http://joserrilucena.blogspot.com.br/2013/08/caso-pesseghini-foto-da-familia-no.html
Joserrí de Oliveira Lucena
Estudante do Direito, Uern.
Legista do caso PC Farias contesta PM de SP e diz que filho de sargento da Rota foi assassinado
O médico legista e professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) George Sanguinetti, que ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e Suzana Marcolino e apontar que eles foram assassinados em 1996, afirmou em entrevista ao UOL que o filho do casal de policiais militares paulistas Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, também foi assassinado junto com os pais.
Marcelo é até o momento o principal suspeito de ter matado o pai, o sargento da Rota (tropa de elite da PM) Luís Marcelo Pesseghini, 40, a mãe, a cabo Andréia Pesseghini, 36, a avó e uma tia avó. Para a polícia, o adolescente cometeu os quatro assassinatos entre a madrugada do último domingo (4) e a de segunda (5), com a arma da mãe, uma pistola .40, e se matou no começo da tarde de segunda, ao voltar do colégio.
Ao analisar as fotos da sala em que Marcelo e os pais foram encontrados mortos, Sanguinetti foi categórico ao afirmar que a posição do corpo do adolescente não é compatível com a de um suicídio, e sim, com a de um assassinato.
"Há muita clareza nas posições dos corpos, que mostram que os três foram assassinados. Ao fazer os cálculos de corpos com estatura semelhantes à da mãe e do filho, podemos observar que todos foram mortos por outra pessoa", disse Sanguinetti, explicando em um cenário montado com um colchão no chão e um boneco na posição semelhante à qual Marcelo foi encontrado morto.
"A posição em que o corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma mão esquerda aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim, com a de uma pessoa que foi assassinada. A arma do crime também não está no local compatível, que iria aparecer na foto em cima da cama ou próximo aos joelhos do menino", explicou Sanguinetti.
Para ele, a equipe da perícia precisa refazer os cálculos do trajeto dos corpos ao serem atingidos pelos projéteis porque a conclusão está equivocada ao afirmar que o menino assassinou os pais e depois se matou. Ele explicou que não é impossível refazer os cálculos mesmo com o cenário desfeito e que os peritos devem se basear nas imagens para concluir "claramente" que o menino também foi vítima.
Leia mais em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/11/legista-do-caso-pc-farias-contesta-pm-de-sp-e-diz-que-filho-de-sargento-da-rota-foi-assassinado.htm
Fonte: UOL
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