quinta-feira, 31 de maio de 2012

Era: CARTA ABERTA AO DR. MARCIO THOMAZ BASTOS

O texto abaixo, circula na internet, como um libelo da indignação.

 

Entretanto, somos todos conhecedores que a Ética e o juramento leva o médico a salvar a vida de um bandido, um bancário a emprestar a um corrupto, um policial a dar proteção a um estuprador... e do mesmo modo um advogado defender um crápula, pois não está no escopo da atuação profissional fazer o julgamento moral.

 

A CPI, essa sim, presta um desserviço maior ao país ao expor-nos a um circo, pois ali o julgamento sequer tem validade penal... até porque seus algozes têm as mesmas mãos sujas pelos criminosos que supostamente interrogam - até poderiam tratar-se por "colegas".

 

Márcio Thomaz Bastos, ao aceitar o desafio de defender a figura do Sr Carlos Augusto de Almeida Ramos (O Carlinhos Cachoeira), apenas expõe sem arrodeios sua suja biografia em cadeia nacional... porque, DUVIDO que tenha se tornado advogado renomado e rico defendendo pobres inocentes...

 

Quem ainda não assistiu ao filme "Tropa de Elite 2", o faça urgentemente.

 

Joserrí de Oliveira Lucena

 

 

 

Toda pessoa tem o direito de ter sua defesa mas todo advogado tem o direito de escolher a quem irá defender.


 

São Paulo, 23/05/2012

Carta Aberta ao Dr. Marcio Thomaz Bastos

 

Dr. Marcio,

 

Foi com imensa vergonha, tristeza, decepção e indignação que pude assistir V.Sa. na “CPI do Cachoeira”, fazendo parte da mesa em acompanhamento ao Sr. Carlinhos Cachoeira, seu dileto contratante (?), contraventor, chefe de quadrilha, corruptor de políticos e figura das mais nocivas ao Estado Brasileiro.

 

O ilustríssimo e integro Dr. Marcio Thomaz Bastos, eminente Advogado, competente Professor, prestigiado Autor, combativo Ministro da JUSTIÇA e referência para todos os profissionais do Direito no País, apequenou-se e rebaixou-se ao nível dos porcos que constituem à rede criminosa de seu dileto cliente e comeu com eles seu farelo .

 

Como pode o Dr. Bastos atuar como advogado de um facínora, instruindo-o a não cooperar com o próprio Estado Brasileiro, onde exerceu galhardamente o cargo máximo de MINISTRO (ou falta) de JUSTIÇA ?

 

E não se trata da obrigação profissional de defender seu cliente, pois o Dr. Bastos sabe muito bem que, na CPI, a participação do Sr. Cachoeira seria para complementar a lista de bandidos ainda não investigados e que ainda fazem parte da camarilha de políticos corruptos que se instalou no Poder.

 

Sabe também que a participação do Sr. Cachoeira na CPI em nada agravaria o status crime dele, pois já chegou preso, saiu igualmente preso, permanece preso e vai continuar preso (é o que esperamos), réu que é em processo crime na Justiça de Goiás.

 

Mesmo assim, o Dr. Bastos com a experiência e conhecimento brilhante dos meandros do Processo Judicial, afrontou o País impedindo o Sr. Cachoeira “DE RESPONDER AS QUESTÕES DOS PARLAMENTARES”, causando assim um desserviço ao Povo Brasileiro que se viu privado de conhecer e combater àqueles que são verdadeiramente o câncer desta Nação: os políticos corruptos.

 

Os outros demostenes, cabrais, perillos e agnellos que ainda não foram descobertos e apontados pela Polícia Federal, Imprensa e Sociedade desde já agradecem ao prestigiado Dr. Bastos.

 

A atuação do EX – MINISTRO DA JUSTIÇA, Dr. Marcio Thomaz Bastos, na “CPI do Cachoeira” deixou-me dúvidas que não me deixam calar: Para quem o Dr. Bastos está realmente trabalhando ? A quem o silêncio do Sr. Cachoeira o Dr. Bastos quer proteger ?

 

Que pena Dr. Bastos, sua história sua biografia e seu currículo não mereciam essa indignidade com o POVO BRASILEIRO !

 

Warley Pimentel, brasileiro, 68 anos, advogado, digno e indignado.

sábado, 26 de maio de 2012

CONAR e a publicidade no Brasil

Dias atrás escrevi um texto falando da necessidade de haverem regras efetivas acerca da publicidade no Brasil - leia no link http://joserrilucena.blogspot.com.br/2011/10/auto-regulamentacao-publicitaria.html

Mais humorado, um blog resolveu dar uma demonstração de como seria a propaganda, caso o Código de Defesa do Consumidor fosse observado na publicidade veiculada no Brasil.

É um exercício de criatividade, mas sobretudo um alerta. A propaganda enganosa vai além da contratação de garotos-propaganda com repercussão social.

Joserrí de Oliveira Lucena


Essa seria a PUBLICIDADE do bem!!!





















FONTE: www.mixidaoatomico.blogspot.com.br

terça-feira, 22 de maio de 2012

Todo homem tem um preço. Qual o seu?

A CPI do Cachoeira se reuniu para ouvir o mudinho Carlos Augusto "Cachoeira"... que deixou todo mundo calado e indignado.

Tripudiando dos membros da Comissão, se comporta como nosso Alphonsus Gabriel Capone: um bandido que foi pego pela Declaração de Impostos de Rendas. Quem melhor definiu o papel dele na CPI foi a senadora Cátia Abreu: Bandido!

O clima não ficou bom, e os parlamentares até perderam o rebolado.

Vaccarezza não tuitou nada, nem msn, nadinha!

O Álvaro Dias chegou a levantar um cartaz com os dizeres: Filma eu, Galvão!

A única novidade foi trazida por Collor ao citar o telefonema de Policarpo Júnior, sobre encontro de João de Deus com Hugo Chavez, presidente da Colômbia; prestando contas a Carlos Cachoeira... O cinismo deu lugar a rugas na testa...

O advogado dele, Márcio Tomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, diz-se, cobrou R$ 20 milhões pela defesa, supostamente achando que não seria contratado.

Um amigo meu tem uma frase, que acredito possa ser atribuída a este culto advogado: ˜Todo homem tem um preço; aquele que o recebeu, valia menos".

Aqui no RN, o DEM comemora que o silêncio do contraventor Cachoeira ofusque a bomba de que houve compra de vários cabos eleitorais para a campanha de Rosalba ao Senado, em 2006, também mantida sob silêncio pela PGR. Clique aqui e leia mais.

Um vídeo antigo, que circula na internet, pode representar o resumo, com ator de peso:



Joserrí de Oliveira Lucena

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Turbina de Avião "Explode" em vôo da TAM

Quase todos os interessados no assunto já acompanharam os comentários sobre incidente com vôo JJ-3317 da TAM no trajeto Natal - São Paulo, ocorrido no último dia 19/05/2012.

As primeiras informações davam conta de uma explosão numa das turbinas, o que nos deixou assustados e preocupados com o desfecho.

Com os comentários e notas divulgados posteriormente, soubemos que não foi exatamente uma explosão, felizmente, mas o desprendimento de uma parte do revestimento da turbina.

Isso não ameniza em nada o susto de quem estava na aeronave, nem deve ser desprezado por parte daqueles que irão continuar utilizando o meio de transporte... o avião, diferente do carro, é checado totalmente por terceiros e a vida de seus passageiros é confiada à tripulação no momento do embarque.

Eu sou daqueles que, numa situação dessas, tenderia a ficar em pânico - o medo de morrer em avião é algo terrível, e chego ao extremo de deixar minhas senhas registradas com minha esposa e instruções para o caso de algo dar errado...

A Anac recomenda que aparelhos eletrônicos dos passageiros sejam desligados durante pousos e decolagens; entretanto, o passageiro Victor Ruscinc filmando a decolagem, flagrou o exato momento do desprendimento das peças e as primeiras reações dos passageiros... o que foi alvo de críticas, pois o aparelho deveria estar desligado... aliás trocentos milhões de pessoas no mundo fazem o mesmo: até eu.

E o mais importante: o que uma coisa tem a ver com a outra? Acaso teriam a coragem de insinuar que o incidente foi interferência da câmera do rapaz? Era só o que faltava...

Tem gente que, num acidente, procura saber se a carteira do motorista está em dia... como se a CNH em dia fosse algum tipo de amuleto prá evitar acidentes... é o tipo de pessoa que não quer usar o acidente ou incidente para aprender algo, achando logo um "culpado".

Assista o vídeo que pode auxiliar a mesma Anac na análise do incidente.

Joserrí de Oliveira Lucena




Política e Dinheiro. Mistura espúria, no RN

Prestigiando o trabalho de garimpo do blogueiro Daniel Dantas Lemos, repostamos os vídeos disponibilizados.

Gaste alguns minutos de seu tempo, e perca mais um pouco da ingenuidade...

Se isso não for motivo para perder mandato... o que será?

É pena que hoje ela esteja em outro mandato, agora de governadora...

A PGR tem muito o que explicar porque essas gravações foram abafadas por 6 anos...

O que é isso, minha gente?


E o Gilmar da Montana, quiz desmentir o milhão da operação Sinal Fechado, culpando o Lexotan.

Como se dizia na minha Caicó dos anos 70: Durma-se com um barulho desses!


Ê, lasquêra!

Joserrí de Oliveira Lucena
















Não acabou não. Tem mais uma bomba aqui, envolvendo o ilustre presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia...




E aqui vai a pérola, na voz do próprio Jajá!




Leia mais em: http://blogdodanieldantas.blogspot.com.br/


domingo, 20 de maio de 2012

Seu louvor a Deus é sincero?

Um dos grandes desafios dos ministradores de louvor em igrejas no mundo inteiro é conduzir as pessoas a serem adoradores verdadeiros de Deus.

Também é um desafio fazer as pessoas perceberem as palavras e sentenças cantadas, e desse modo serem alcançadas pela graça das composições.

Um grupo norteamericano, da igreja Batista de Orlando, resolveu chamar a atenção para o tema, e propôs uma provocação com paródias dos hinos que cantamos, para alertar para a necessidade de sermos sinceros no louvor a Deus.

O resultado é impactante, e o vídeo um sucesso de acessos no youtube - espero que o louvor no próximo culto seja uma bênção.

Leia mais sobre a matéria clicando aqui.

Um abraço,
Joserrí de Oliveira Lucena




sábado, 19 de maio de 2012

Ética Profissional. Isso existe?

Há consenso entre os autores de que cada profissão tem sua ética. Até a legislação exige a implementação de códigos de ética pelas empresas e a criação de um conselho para analisar os casos de desvio de conduta à norma estabelecida.

Mas, vem cá!

Você acha mesmo que existe ética profissional? O que seria isso, então?

A ética profissional seria a representação de uma faceta comportamental regida por normas sociais de determinado ambiente, podendo até ser contraditório na vida comum.

Exemplifico: a ética de uma revenda que mistura carne estragada com carne fresca, moendo-as e vendendo como novas, ou a "promoção" de produtos em vias de expirar o prazo de validade, para não arcar com o prejuízo...

... ora, como um funcionário de uma empresa dessas pode ser ético na hora de vender o produto a um cliente, mas o qual ele certamente não compraria?

Em todo comportamento, se há incompatibilidade entre o que é correto para os outros e para mim, é porque falta ética.

Para mim, não há ética profissional. Ou a pessoa é Ética, ou não é. Ética é algo inerente ao caráter.

Um exemplo de profissão em que sentimos um vácuo de Ética, é no jornalismo. As escolas de jornalismo treinam seus pupilos para o exercício profissional, com técnicas para domar a platéia, a pauta, o clipping, a elaboração das manchetes chamativas... mas pouco tem feito para combater os Datenas da vida... e assim, talvez até os promova a modelos.

Assista abaixo dois péssimos exemplos da atuação de jornalistas que tentaram imitar os mestres dos Circos de Horrores do "quanto pior, melhor", daqueles que iniciam o programa sem pauta (bastando um helicóptero no ar) para especular o movimento de ambulâncias e viaturas nos horários de rush, certos de que ninguém irá rebater suas ilações, mesmo que erradas...

Alunos de jornalismo, ética não se aprende na escola; a gente adquire isso das pessoas que nos influenciam desde os primeiros gugus, dadás...

Um abraço,
Joserrí de Oliveira Lucena



Acusado de estupro quer fazer exame de próstata






Motorista dá aula de ética para jornalista da Tv Bandeirantes


Cada povo tem o líder que merece

Cada povo tem o líder que merece, e em tempos de Democracia participativa, o que escolhe.

Por isso temos uma variedade tão grande de personalidades, algumas bizarras, no comando de grupos sociais distintos.

O povo consagrou pessoas como Napoleão Bonaparte, Hitler, Getúlio Vargas... e tantos outros líderes - é bem sabido que por vezes sob imposição e medo (incluindo os recentes Saddam Hussein e Bashar Al Assad).

A Autoridade Palestina teve em Yasser Arafat um líder diferente. Ele era a manifestação que o líder contemporâneo é nada mais que um ˜porta voz" da massa que representa. Desse modo, o que diz é apenas o eco de sua suposta "massa de manobra". O mundo precisa de mais líderes assim.

No chamado meio Evangélico (ou Gospel, como preferem alguns) temos uma carência muito grande de identificar seguidores de Cristo; isso porque os líderes e liderados desse vasto segmento preferem reagir de  modo contrário aos ensinamentos do Jesus de Nazaré.

Jesus Cristo amou os excluídos, misturando-se a eles (leprosos, prostitutas, políticos desonestos, endemoninhados) não para ser influenciado por eles, mas estender-lhe a dimensão integral do Reino de Deus e A SUA JUSTIÇA (desprezados pelos religiosos profissionais, letrados, formados, conhecedores da Lei). Para dar prosseguimento a sua missão, escolheu líderes indoutos, que não iam ser nada na vida, além de pessoas normais e a eles confiou a missão de transformar o mundo pelo AMOR.

Infelizmente não é o mesmo evangelho pregado por alguns hoje - discriminação, ódio, politização e institucionalização da igreja, que mais se aproxima de um Negócio. Qualquer semelhança com a comercialização na porta do Templo de Jerusalém nos primeiros anos do cristianismo, não é mera coincidência: é coisa de profissional da religião.

Leia a entrevista abaixo, na íntegra, e reflita... é esse o Cristianismo que você professa?

É para isso que fostes chamados?

Joserrí de Oliveira Lucena



Pastor Silas Malafaia: “Tenho pastores que ganham entre R$ 4 e 22 mil"

Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo fala sobre a Marcha para Jesus, gays, aborto, política e dízimo. Dê sua opinião

Anderson Dezan, iG Rio de Janeiro 


Aos 53 anos, o pastor Silas Malafaia não teme polêmicas. Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que neste sábado (19) promove a Marcha para Jesus no Rio, com expectativa da presença de mais de 200 mil pessoas, o religioso é considerado o principal inimigo dos ativistas gays, ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Malafaia também é contra o aborto. Em qualquer situação. Suas posições marcantes atingem ainda líderes evangélicos, como o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. “Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo”, diz.

Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O GloboSilas Malafaia: "Não tenho gente que não ia ser nada na vida e virou pastor"

O pastor está há 30 anos ininterruptos na televisão. Seu programa “Vitória em Cristo” é exibido todos os sábados em três emissoras: Bandeirantes, Rede TV e CNT; e de segunda a sexta-feira, apenas na CNT. A versão dublada é exibida em mais de 200 países. Por seus horários na Rede TV, ele paga R$ 900 mil por mês e, na CNT, R$ 450 mil. Por impedimento contratual, ele não pode divulgar os valores com a Rede Bandeirantes.
Malafaia também não foge de perguntas sobre as doações que os fiéis fazem para sua igreja. “Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Mas se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira...”, debocha.
Filho de um militar da Aeronáutica com uma educadora, ambos evangélicos, e formado em psicologia, Malafaia é casado com Elizete, que conheceu aos 14 anos, e tem três filhos com ela. Com forte sotaque carioca, utilizando gírias e expressões como “amigo” e “irmão” a todo instante, o pastor conversou com o iG sobre temas variados, entre eles os salários de pastores, política e Igreja Católica. O movimento homossexual, obviamente, não ficou de fora. E sobre o tema, ele faz questão de dizer que, para ele, existem, sim, ex-gays.
iG: Qual é a principal mensagem que vocês vão passar na Marcha para Jesus no Rio? 
Silas Malafaia: Ela é baseada em quatro princípios que acreditamos: em favor da liberdade de expressão, da vida, da liberdade religiosa e da família tradicional composta por homem, mulher e seus filhos. Marcamos as posições que defendemos.
iG: Isso ficou claro no evento realizado no ano passado em São Paulo, quando foram abordados temas como a união gay e o aborto. Uma de suas bandeiras é ser contra o projeto de lei que criminaliza a homofobia. Por quê? 
Silas Malafaia: Deixa eu te falar uma coisa, amigo. Os grupos ativistas gays passam de usuários da liberdade de expressão para censores. Essa lei, como está aqui no Brasil, não existe em nenhum lugar do planeta Terra. Ela fere frontalmente a Constituição, é uma piada. A Constituição diz que ninguém pode ser cerceado por convicção religiosa, política ou filosófica. É uma lei do privilégio.
iG: Mas o senhor não acha que deveria ser feito algo para evitar as discriminações e agressões físicas aos gays? 
Silas Malafaia: Não desejo que ninguém morra, ok? Mas os homossexuais dizem que foram assassinados 260 deles no ano passado. Cinquenta mil pessoas foram assassinadas no Brasil no ano passado. O número de homossexuais mortos representa 0,52%. Um dado que eles não falam: grande parte das mortes é resultado de briga de amor entre eles. Que papo é esse? No mínimo, uns 50%. Homofobia é falácia de ativista gay para manter verbas para suas ONGs para fazer propaganda de que o Brasil é um país homofóbico. Homofóbico uma vírgula, amigo.

Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo"Não sou um mané e nem minha igreja é de idiotas", diz o pastor Silas Malafaia

iG: Por causa desses números, que o senhor considera baixos, a lei não precisaria ser criada?
Silas Malafaia: É lógico! E tem outra, amigo. Na lei diz o seguinte: pena de três a cinco anos de cadeia para as pessoas que impedirem a presença de qualquer homossexual em locais públicos de sua relação afetiva. O lugar do culto, o templo, é garantido pela Constituição, mas o pátio da igreja não está. Significa que, se um casal de homossexuais estiver se beijando no pátio da minha igreja e eu colocar para fora, vou pegar de três a cinco anos de cadeia. Que história é essa? É uma aberração! No Brasil, pode-se criticar presidentes, políticos, ministros, pastores, padres, o diabo. Se criticar homossexual, é homofobia. Manda esses caras verem se eu tô na esquina!
iG: O senhor acredita que possa haver ex-gay? 
Silas Malafaia: Se você quiser, eu te mostro. Existe uma associação de ex-gays. O cara que preside foi travesti em Roma, com silicone no peito e na bunda (ri). Ele é casado há dez anos. Ser homossexual é um comportamento, como tantos outros. Ninguém nasce homossexual. Não tem ordem cromossômica ou determinismo genético. Mas o cara quer ser gay? É um direito dele. E essa conversa do deputado federal gay de que a igreja evangélica provoca tortura física e psicológica para curar gays? Isso é um safado, mentiroso! Quando é que a igreja força alguém a deixar de ser gay? A igreja não cura, ela trabalha com uma palavra chamada libertação.
iG: E se o seu filho fosse gay, o que o senhor faria? 
Silas Malafaia: Amaria 100% e condenaria sua prática 100%. Não deixaria de amá-lo, mas garanto que ia condenar. Há uma ideia na sociedade de que amar é ser tolerante e encobrir o erro do outro. Pelo contrário, amar é dizer a verdade e confrontar o outro para ajudá-lo a ser melhor.
iG: O presidente americano Barack Obama declarou recentemente ser a favor do casamento gay. O senhor acha que essa posição pode fortalecer o movimento gay? 
Silas Malafaia: Sim. Mas, pressionado, o presidente Obama está fazendo um jogo de uma cartada de alto risco. Se a eleição americana tivesse um republicano forte, com liderança, jamais o Obama abriria a boca para falar isso. É ruim, amigão.
iG: Ultimamente as telenovelas da Rede Globo costumam contar com personagens homossexuais. Qual é a sua opinião? 
Silas Malafaia: (Irônico) Querido, muitos escritores da Globo são gays, né, irmão. O mais famoso deles é gay declarado. Escrevi uma carta para a direção da Globo dizendo o seguinte: imagina se na novela das 18h, das 19h, das 21h e nos humorísticos tivessem personagens evangélicos. Não ia ser uma chatice? Acho que sim. Eles estão caindo no ridículo porque já está ficando chato demais. E outra. Você já viu que os gays nas novelas são politicamente corretos? E os evangélicos são babacas, estúpidos, idiotas. Qual é o objetivo? Irmão, o ser humano é um ser social, que vive de identificação. A televisão é um instrumento poderoso para mudar comportamento.

Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O GloboMalafaia: "Homofobia é falácia de ativista gay para manter verbas para suas ONGs"

iG: O senhor costuma dizer que a maior parte dos abortos é fruto de promiscuidade e irresponsabilidade. E em casos de estupro e de bebês anencéfalos, qual é a sua opinião? 
Silas Malafaia: Irmão, sou contra qualquer tipo de aborto e te explico o motivo. Na gestação, o agente passivo é a mãe. O agente ativo é o feto, ele não é prolongamento do corpo da mãe. É o bebê que regula a estação da mãe, o líquido amniótico. Se não estivesse protegido por aquela capa, ele era expulso do corpo da mulher como um corpo estranho. Doa essa criança!
iG: Algumas pessoas defendem a ideia de que muitas mulheres morrem em clínicas clandestinas de aborto. Se a prática fosse legalizada, isso não ocorreria. O aborto é uma questão de saúde pública? 
Silas Malafaia: Saúde pública é proteger a mãe e o bebê. Não existe saúde pública protegendo a mãe e matando o bebê. Saúde pública é dar vida, longevidade.
iG: Em junho do ano que vem, a Igreja Católica vai realizar no Rio a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa. O que o senhor acha da realização desse evento na cidade? 
Silas Malafaia: Parabéns para a Igreja Católica. Acho bacana a conscientização à juventude. Dou parabéns, não tenho nada contra.
iG: Foi veiculada na Rede Record, do bispo Edir Macedo, uma matéria atacando o apóstolo Valdemiro Santiago. Após a exibição, o senhor declarou que era o “sujo falando do mal lavado”. 
Silas Malafaia: Eu já defendi ambos em situações difíceis, até de perseguição. Não me arrependo. Critiquei a matéria porque quem é Macedo para falar de Valdemiro? Como ele pode fazer essas acusações? Ele tem que ficar quieto. Com que dinheiro foi comprada a Rede Record? Com a oferta de dízimos. Então ele não tem autoridade para falar. E o senhor Valdemiro, que vem batendo no Macedo, também não tem autoridade para falar. É feio para o Valdemiro cuspir no prato que comeu.
iG: Como é a sua relação atual com eles? 
Silas Malafaia: Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo. O Valdemiro comprou o meu horário na TV, oferecendo uma quantia maior. Defendo o cara no meu programa quando outros descem o pau nele e ele vai por trás e compra o meu horário? (Indignado) Tenho princípio de caráter e moral, amigo. O Macedo eu defendi, sem ter me pedido, quando ele foi preso. Marquei minha posição. Aí, ele aumentou quase dez vezes o valor do horário que eu tinha na emissora dele para me colocar para fora porque não quis participar de um esquema político.
iG: Como era esse esquema? 
Silas Malafaia: Ele queria que eu me candidatasse em 1998 a deputado federal e neguei. Se ele tivesse caráter e falasse que não me queria mais na emissora dele, eu o teria respeitado. Sua atitude não foi só deselegante, como também faltou ética.

Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo"Nem para o cargo de assistente de carimbador de vereador quero concorrer", diz Malafaia

iG: Tantos anos depois desse convite, hoje o senhor pensa em entrar para a política? 
Silas Malafaia: Amigo, sou pastor. Sou um cara para influenciar, não para ser. Aqui no Estado do Rio, ajudei a eleger meu irmão (Samuel Malafaia - PSD) como terceiro deputado estadual mais votado e ajudei outros três deputados federais. Quero influenciar. Ser, nunca. Nem para o cargo de assistente de carimbador de vereador quero concorrer.
iG: Em 2009, houve uma polêmica com o jatinho que o senhor comprou nos Estados Unidos. Em quais situações ele é utilizado? 
Silas Malafaia: Não tenho nada a esconder, irmão. Nunca enganei as pessoas que colaboram comigo. O avião era usado, custou três milhões de dólares e está em nome da Associação Vitória em Cristo. Sou presidente de uma instituição, viajo pra cima e pra baixo, ela tem fundos, meus parceiros são informados do que vou fazer e querem me acusar de quê? O Papa pode andar de jumbo. Mas pastor quando anda de avião é ladrão e está roubando o povo otário que não sabe nada.
iG: Como é o nível de escolaridade dos fiéis da sua igreja? 
Silas Malafaia: Amigo, na minha igreja tem desembargador, procurador, empresários, pessoas fazendo doutorado e gente pobre também. A igreja evangélica tem todos os tipos de classe. Pensam que ela é formada por um bando de babacas iletrados e um malandro toma o dinheiro deles e faz o que quer. Igreja, como qualquer entidade sem fins lucrativos, não paga Imposto de Renda, mas é obrigada a declarar o movimento. Se eu estiver fazendo sacanagem, vou para o saco, irmão!
iG: E por que teve tanta repercussão aquele vídeo (assista) em que o senhor pedia um mês de aluguel para plantar a semente da casa própria? 
Silas Malafaia: Vai ver o troço, rapaz (irritado). Fiz um vídeo para os membros da minha igreja. Uma campanha: se você acredita e quer, pegue um mês de aluguel, que pode ser dividido por um ano, e semeie pela fé como oferta na igreja, acreditando e crendo que Deus vai abrir uma porta para você ter uma casa própria. É para quem crê. Ninguém é obrigado.
iG: Não são por causa de iniciativas como essa que surgem os preconceitos?
Silas Malafaia: Filho, não posso prometer aquilo que não tenho poder para dar. Uma coisa é dizer (eleva o tom de voz): me dê uma oferta que você vai comprar a sua casa própria. Outra coisa é dizer (abaixa o tom de voz): meus irmãos, quero fazer uma campanha de fé para quem desejar. Se você não crê, não faça. Quer ir à minha igreja para ver os testemunhos de quantas pessoas que moravam de aluguel compraram a casa própria? Irmão, com todo respeito, não sou um pastor analfabeto. Tenho formação. Não sou um mané e nem minha igreja é de idiotas. Se chego na minha igreja e digo que, se o cara der uma oferta, ele ganha aquilo, sou colocado pra fora.
iG: De onde vem o seu dinheiro?
Silas Malafaia: Sou dono da editora Central Gospel. Da igreja tenho direito a salário, mas como estou no projeto gigante de abrir igrejas, abri mão. Sou o pastor que mais vende palestras em DVD e livros no País. No ano passado, só a Avon comprou mais de 500 mil livros meus. Nos últimos cinco anos, vendi em cada ano mais de um milhão de livros. Como tenho outro meio de renda, abri mão do salário da igreja. Não porque ela não quis pagar. Ela paga muito bem a pastor.

Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo"Nas novelas, os evangélicos são babacas, estúpidos e idiotas", avalia Silas Malafaia

iG: E o senhor faz declaração do Imposto de Renda... 
Silas Malafaia: Lógico, hermano. Tudo meu, brother, está declarado. Um apartamento que tenho em Boca Ratton, nos Estados Unidos, usado pelo meu filho quando estava fazendo universidade, financiado em 30 anos, consta na declaração de ativos no exterior no Banco Central. Estou muito bem documentado. Meu amigo, o único animal que tenho é um cachorro, não tenho gado, fazenda nem sítio. Moro em uma boa casa em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes (bairro da zona oeste do Rio), que adquiri a cinco ou seis anos. Tenho minha consciência limpa. Sou dono da segunda maior editora gospel do País. Ela fatura mais de R$ 50 milhões por ano. Então acho que posso ter alguma coisinha.
iG: Quanto ganham em média os pastores da sua igreja? 
Silas Malafaia: Ninguém ganha igual. Cada um tem o seu valor. Tenho pastores que ganham entre R$ 4 mil e R$ 22 mil. Pastores que mando para outro estado, pago casa, água, luz, escola dos filhos, gasolina. Dou dignidade aos caras. Não trabalho com zé bobão. Tinha dois pastores que eram advogados e possuíam escritórios de advocacia. Cheguei e perguntei: amigo, o que você quer ser? Pastor ou advogado? Qual é teu chamado? Pastor? Então fecha essa porcaria e vem comigo. Não tenho gente que não ia ser nada na vida e virou pastor.
iG: O senhor diz que é o único pastor que fala em valores. Quanto o senhor paga pelo o seu tempo na TV? 
Silas Malafaia: Não posso dizer o que pago na Band por regra contratual. Na Rede TV, pago R$ 900 mil por mês. Na CNT, pago R$ 450 mil. Eu dou número, amigo. Não tenho problemas.
iG: Para finalizar, o senhor aceitaria receber dízimo de um político de Brasília? 
Silas Malafaia: Amigo, em todo seguimento tem bandido. Pastor, padre, jornalista, médico, advogado e vai embora. Se um cara é membro da minha igreja e dá o dízimo, ele não dá na minha mão. Tenho 25 mil membros. Meu irmão é deputado no Rio. Dá dízimo na minha igreja. Se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Recebo o dízimo porque não acredito que todo político seja bandido. Se eu souber de onde vem o dinheiro, muda a situação. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira... (ri)!
Serviço: Marcha para Jesus - Rio 2012
Local: Saída às 14h, na Central do Brasil
Participações: Régis Danese, PG, Eyshila e Ministério Apascentar, entre outros

Fonte: ultimosegundo

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Você é um Cristão de araque?

Se você é Cristão autêntico, sabe que o cristianismo não representa o status e boa vida que as novas seitas pregam em nome do salvador.

Isso porque essa vida fácil do "me dê tudo e fique rico" e "estava lascado e hoje estou estribado" e muitos outros slogans das igrejas PEQUE E PAGUE não guarda consonância com o Evangelho de Cristo.

Muitos irmãos foram martirizados, e ainda hoje outros tantos são ridicularizados pelo discurso do Evangelho genuíno, libertário, que dá água da torneira e depois a da vida... que multiplica os pães de trigo e depois a pão da vida... que dá um teto na terra e a esperança do porvir...

... isso porque, na lógica dos Mala-sem-alça, o Reino de Deus é aqui na Terra (com eles sendo administradores, é claro). Os outros doam tudo e eles, administram em benefício próprio.

Quem é voz discordante, é rotulado. Antigamente eram torturados, exilados ou mortos.

Duvida?

A verdade prática bíblica de Mateus 6.33 é que o Reino de Deus E A SUA JUSTIÇA devem caminhar juntos.

Para que fostes chamados? Sois cristãos de araque, por acaso?

Leia a matéria logo abaixo, e conheça um pouco das verdades OCULTADAS ao longo de décadas.

Comissão da Verdade para toda a História e seus atores.

Joserrí de Oliveira Lucena



Histórias pouco conhecidas: os evangélicos e a ditadura militar no Brasil

Postado em: 16 jun 2011 às 20:23 | Ditadura Militar


Os anos de chumbo do protestantismo no Brasil trazem à baila informações arrepiantes

evangélicos ditadura brasil
No primeiro dia foram oito horas de torturas patrocinadas por sete militares. Pau de arara, choque elétrico, cadeira do dragão e insultos, na tentativa de lhe quebrar a resistência física e moral. “Eu tinha muito medo do que ia sentir na pele, mas principalmente de não suportar e falar. Queriam que eu desse o nome de todos os meus amigos, endereços… Eu dizia: ‘Não posso fazer isso.’ Como eu poderia trazê-los para passar pelo que eu estava passando?” Foram mais de 20 dias de torturas a partir de 28 de fevereiro de 1970, nos porões do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. O estudante de ciências sociais da Universidade de São Paulo (USP) Anivaldo Pereira Padilha, da Igreja Metodista do bairro da Luz, tinha 29 anos quando foi preso pelo temido órgão do Exército. Lá chegou a pensar em suicídio, com medo de trair os companheiros de igreja que comungavam de sua sede por justiça social. Mas o mineiro acredita piamente que conseguiu manter o silêncio, apesar das atrocidades que sofreu no corpo franzino, por causa da fé. A mesma crença que o manteve calado e o conduziu, depois de dez meses preso, para um exílio de 13 anos em países como Uruguai, Suíça e Estados Unidos levou vários evangélicos a colaborar com a máquina repressora da ditadura. Delatando irmãos de igreja, promovendo eventos em favor dos militares e até torturando. Os primeiros eram ecumênicos e promoviam ações sociais e os segundos eram herméticos e lutavam contra a ameaça comunista. Padilha foi um entre muitos que tombaram pelas mãos de religiosos protestantes.
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O metodista só descobriu quem foram seus delatores há cinco anos, quando teve acesso a documentos do antigo Sistema Nacional de Informações: os irmãos José Sucasas Jr. e Isaías Fernandes Sucasas, pastor e bispo da Igreja Metodista, já falecidos, aos quais era subordinado em São Paulo. “Eu acreditava ser impossível que alguém que se dedica a ser padre ou pastor, cuja função é proteger suas ovelhas, pudesse dedurar alguém”, diz Padilha, que não chegou a se surpreender com a descoberta. “Seis meses antes de ser preso, achei na mesa do pastor José Sucasas uma carteirinha de informante do Dops”, afirma o altivo senhor de 71 anos, quatro filhos, entre eles Alexandre, atual ministro da Saúde da Presidência de Dilma Rousseff, que ele só conheceu aos 8 anos de idade. Padilha teve de deixar o País quando sua então mulher estava grávida do ministro. Grande parte dessa história será revolvida a partir da terça-feira 14, quando, na Procuradoria Regional da República, em São Paulo, acontecerá a repatriação das cópias do material do projeto Brasil: Nunca Mais.

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Maior registro histórico sobre a repressão e a tortura na ditadura militar. o material, nos anos 80, foi enviado para o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), organização ecumênica com sede em Genebra, na Suíça, e para o Center for Research Libraries, em Chicago (EUA), como precaução, caso os documentos que serviam de base do trabalho realizado no Brasil caíssem nas mãos dos militares. De Chicago, virá um milhão de páginas microfilmadas referentes a depoimentos de presos nas auditorias militares, nomes de torturadores e tipos de tortura. A cereja do bolo, porém, chegará de Genebra – um material inédito composto por dez mil páginas com troca de correspondências entre o reverendo presbiteriano Jaime Wright (1927 – 1999) e o cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, que estavam à frente do Brasil: Nunca Mais, e as conversas que eles mantinham com o CMI.
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Somente em 1968, quatro anos após a ascensão dos militares ao poder, o catolicismo começou a se distanciar daquele papel que tradicionalmente lhe cabia na legitimação da ordem político-econômica estabelecida. Foi aí, quando no Brasil religiosos dominicanos como Frei Betto passaram a ser perseguidos, que a Igreja assumiu posturas contrárias às ditaduras na maioria dos países latino-americanos. Os protestantes, por sua vez, antes mesmo de 1964, viveram uma espécie de golpe endógeno em suas denominações, perseguindo a juventude que caminhava na contramão da ortodoxia teológica.
Em novembro de 1963, quatro meses antes de o marechal Humberto Castelo Branco assumir a Presidência, o líder batista carismático Enéas Tognini convocou milhares de evangélicos para um dia nacional de oração e jejum, para que Deus salvasse o País do perigo comunista. Aos 97 anos, o pastor Tognini segue acreditando que Deus, além de brasileiro, se tornou um anticomunista simpático ao movimento militar golpista. “Não me arrependo (de ter se alinhado ao discurso dos militares). Eles fizeram um bom trabalho, salvaram a Pátria do comunismo”, diz.
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Assim, foi no exercício de sua fé que os evangélicos – que colaboraram ou foram perseguidos pelo regime – entraram na alça de mira dos militares (leia a movimentação histórica dos protestantes à pág. 80). Enquanto líderes conservadores propagavam o discurso da Guerra Fria em torno do medo do comunismo nos templos e recrutavam formadores de opinião, jovens batistas, metodistas e presbiterianos, principalmente, com ideias liberais eram interrogados, presos, torturados e mortos. “Fui expulso, com mais oito colegas, do Seminário Presbiteriano de Campinas, em 1962, porque o nosso discurso teológico de salvação das almas passava pela ética e a preocupação social”, diz o mineiro Zwinglio Mota Dias, 70 anos, pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, da Penha, no Rio de Janeiro. Antigo membro do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), que promovia reuniões para, entre outras ações, trocar informações sobre os companheiros que estavam sendo perseguidos, ele passou quase um mês preso no Doi-Codi carioca, em 1971. “Levei um pescoção, me ameaçavam mostrando gente torturada e davam choques em pessoas na minha frente”, conta o irmão do também presbiteriano Ivan Mota, preso e desaparecido desde 1971. Hoje professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Dias lembra que, enquanto estava no Doi-Codi, militares enviaram observadores para a sua igreja, para analisar o comportamento dos fiéis.
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Segundo Rubem Cesar Fernandes, 68 anos, antropólogo de origem presbiteriana, preso em 1962, antes do golpe, por participar de movimentos estudantis, os evangélicos carregam uma mancha em sua história por convidar a repressão a entrar na Igreja e perseguir os fiéis. “Os católicos não fizeram isso. Não é justificável usar o poder militar para prender irmãos”, diz ele, considerado “elemento perigoso” no templo que frequentava em Niterói (RJ). “Pastores fizeram uma lista com 40 nomes e entregaram aos militares. Um almirante que vivia na igreja achava que tinha o dever de me prender. Não me encontrou porque eu estava escondido e, depois, fui para o exílio”, conta o hoje diretor da ONG Viva Rio.
O protestantismo histórico no Brasil também registra um alto grau de envolvimento de suas lideranças com a repressão. Em sua tese de pós-graduação, defendida na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), Daniel Augusto Schmidt teve acesso ao diário do irmão de José, um dos delatores de Anivaldo Padilha, o bispo Isaías. Na folha relativa a 25 de março de 1969, o líder metodista escreveu: “Eu e o reverendo Sucasas fomos até o quartel do Dops. Conseguimos o que queríamos, de maneira que recebemos o documento que nos habilita aos serviços secretos dessa organização nacional da alta polícia do Brasil.” Dono de uma empresa de consultoria em Porto Alegre, Isaías Sucasas Jr., 69 anos, desconhecia a história da prisão de Padilha e não acredita que seu pai fora informante do Dops. “Como o papai iria mentir se o cara fosse comunista? Isso não é delatar, mas uma resposta correta a uma pergunta feita a ele por autoridades”, diz. “Nunca o papai iria dedar um membro da igreja, se soubesse que havia essas coisas (torturas).” Em 28 de agosto de 1969, um exemplar da primeira edição do jornal “Unidade III”, editado pelo pai do ministro da Saúde, foi encaminhado ao Dops. Na primeira página, há uma anotação: “É preciso ‘apertar’ os jovens que respondem por este jornal e exigir a documentação de seu registro porque é de âmbito nacional e subversivo.” Sobrinho do pastor José, o advogado José Sucasas Hubaix, que mora em Além Paraíba (MG), conta que defendeu muitos perseguidos políticos durante a ditadura e não sabia que o tio havia delatado um metodista. “Estou decepcionado. Sabia que alguns evangélicos não faziam oposição aos militares, mas daí a entregar um irmão de fé é uma grande diferença.”
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Nenhum religioso, porém, parece superar a obediência canina ao regime militar do pastor batista Roberto Pontuschka, capelão do Exército que à noite torturava os presos e de dia visitava celas distribuindo o “Novo Testamento”. O teólogo Leonildo Silveira Campos, que era seminarista na Igreja Presbiteriana Independente e ficou dez dias encarcerado nas dependências da Operação Bandeirante (Oban), em São Paulo, em 1969, não esquece o modus operandi de Pontuschka. “Um dia bateram na cela: ‘Quem é o seminarista que está aqui?’”, conta ele, 21 anos à época. “De terno e gravata, ele se apresentou como capelão e disse que trazia uma “Bíblia” para eu ler para os comunistas f.d.p. e tentar converter alguém.” O capelão chegou a ser questionado por um encarcerado se não tinha vergonha de torturar e tentar evangelizar. Como resposta, o pastor batista afirmou, apontando para uma pistola debaixo do paletó: “Para os que desejam se converter, eu tenho a palavra de Deus. Para quem não quiser, há outras alternativas.” Segundo o professor Maurício Nacib Pontuschka, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, seu tio, o pastor-torturador, está vivo, mas os dois não têm contato. O sobrinho também não tinha conhecimento das histórias escabrosas do parente. “É assustador. Abomino tortura, vai contra tudo o que ensino no dia a dia”, afirma. “É triste ficar sabendo que um familiar fez coisas horríveis como essa.”
Professor de sociologia da religião na Umesp, Campos, 64 anos, tem uma marca de queimadura no polegar e no indicador da mão esquerda produzida por descargas elétricas. “Enrolavam fios na nossa mão e descarregavam eletricidade”, conta. Uma carta escrita por ele a um amigo, na qual relata a sua participação em movimentos estudantis, o levou à prisão. “Fui acordado à 1h por uma metralhadora encostada na barriga.” Solto por falta de provas, foi tachado de subversivo e perdeu o emprego em um banco. A assistente social e professora aposentada Tomiko Born, 79 anos, ligada a movimentos estudantis cristãos, também acredita que pode ter sido demitida por conta de sua ideologia. Em meados dos anos 60, Tomiko, que pertencia à Igreja Evangélica Holiness do Brasil, fundada pelo pai dela e outros imigrantes japoneses, participou de algumas reuniões ecumênicas no Exterior. Em 1970, de volta ao Brasil, foi acusada de pertencer a movimentos subversivos internacionais pelo presidente da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, onde trabalhava. Não foi presa, mas conviveu com o fantasma do aparelho repressor. “Meu pesadelo era que o meu nome estivesse no caderninho de endereço de alguma pessoa presa”, conta.
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Parte da história desses cristãos aterrissará no Brasil na terça-feira 14, emaranhada no mais de um milhão de páginas do Projeto Brasil: Nunca Mais repatriadas pelo Conselho Mundial de Igrejas. Não que algum deles tenha conseguido esquecer, durante um dia sequer, aqueles anos tão intensos, de picos de utopia e desespero, sustentados pela fé que muitos ainda nutrem. Para seguir em frente, Anivaldo Padilha trilhou o caminho do perdão – tanto dos delatores quanto dos torturadores. Em 1983, ele encontrou um de seus torturadores em um baile de Carnaval. “Você quis me matar, seu f.d.p., mas eu estou vivo aqui”, pensou, antes de virar as costas. Enquanto o mineiro, que colabora com uma entidade ecumênica focada na defesa de direitos, cutuca suas memórias, uma lágrima desce do lado direito de seu rosto e, depois de enxuta, dá vez para outra, no esquerdo. Um choro tão contido e vívido quanto suas lembranças e sua dor.
IstoÉ

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Oh Happy Day!

Nenhum vídeo é acessado mais de 30 milhões de vezes, a menos que seja um clássico!

Para matar nossa saudade... oh Happy Day, do filme Sister Act2 (Mudança de Hábito 2), com Woopy Goldberg.

TJRN, Carla Ubarana e os Desembargadores - É Fántástico!

A "entrevista" que a "nova rica" Carla Ubarana deu com exclusividade para o Fantástico, da Rede Globo, não poderia ter sido  mais oportuna... até conferi o canal, pra ter certeza que não era o programa "Mulheres Ricas"... vocês perceberam a "estampa" do papel higiênico? (dinheiro!).

Retrata o esquema (há muito de amplo conhecimento da sociedade potiguar) que tem entre seus atores pessoas do mais alto pedigreé (e mais alta periculosidade) e que metiam a mão no patrimônio da viúva... sendo eles os próprios lobos cuidando do parreiral, como se fossem (e eram) os titulares das contas movimentadas apenas com uma assinatura!

Meter a mão, aliás, não define a dimensão das falcatruas envolvendo os precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Mansões à beira mar, Carros de luxo, Viagens suntuosas com troco de mais de R$ 200 mil foram alguns dos mimos (contando apenas os já admitidos).

Na "entrevista" em "cárcere privado" (que não deixa de ser um insulto a nós, contribuintes, sem segurança, enquanto os ladrões são escoltados e, quando viajam é de jatinho, turistando Brasil afora), Carla fala que "domino os precatórios" e que NÃO CHEGA A R$ 20 MILHÕES (o desvio).

Ora, ela quer convencer a quem com essa história de "NÃO CHEGA..."? Quer mesmo que a gente acredite que foi SÓ ISSO, ou que a investigação SE CONTENTE SÓ COM ISSO?

A "entrevista" é bastante apropriada para o canal que a exibiu, pois a senhora Ubarana, ricamente produzida, sentada naquela poltrona com seus dedos em riste, guarda consonância com outros heróis que a Vênus Platinada, aliada da #VejaTemMedo, exibe como ícones da moralidade e bons costumes: Cash Oeira, Óstenes (ex-DEM) e o homem de 1 milhão de Reais (Jajá).

Assista e se indigne. Ou, se fizer parte do "time" acima, morra (de inveja!)

Joserrí de Oliveira Lucena



Viu o "depois" em Especial da Globo? Agora veja "antes"... o "cárcere privado" tem feito bem a Ubarana...

A vida real tem 5 capítulos








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