sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O caixa eletrônico e Kit Choque

De tão inovador o tema, vale a pena replicar a matéria na íntegra.

 

Joserrí de Oliveira Lucena

 

 

 

Saque – A inteligência do crime

 

Bandidos usam método inovador para arrombar caixas eletrônicos em Natal: É o Kit Choque, revela a polícia

 

Bandido inventa de tudo. Isso ninguém pode negar. Muito menos a delegada Sheila Freitas, titular da Delegacia Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor). No final da manhã de ontem, com exclusividade ao Novo Jornal, ela confirmou que um método inovador de saquear caixas eletrônicos chegou a Natal. Ao invés de arrombar os terminais com uso de maçaricos, ou mesmo com bananas de dinamite, os bandidos estão investindo no chamado Kit Choque. É simples. Com uma descarga elétrica, o terminal entra em curto e libera as cédulas.

 

Foi exatamente com este equipamento, até então estranho no Nordeste, que dois assaltantes fizeram a festa em março passado na agência do Santander, localizado na Avenida Prudente de Morais. O mais interessante, é que o assalto aconteceu em março deste ano. Contudo, na ocasião, acreditou- se que a ação criminosa não tinha dado certo, e que a dupla havia deixado o banco de bolsos vazios. Pura ilusão.

 

Mesmo com as perícias feitas pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), muito pouco se descobriu na época. Foi preciso que o banco, após checar o volume de notas que haviam sido depositadas no compartimento do terminal, constatar que alguma coisa estava errada.

 

“Na época do crime, quando o Itep fez o trabalho, se verificou que apenas um pequeno orifício tinha sido feito na lateral do caixa. E que, por ali, não dava pra ter saído dinheiro algum. Foi por isso que se divulgou, na época, que o arrombamento tinha sido frustrado”, revelou a delegada. “Depois, mais tarde, o banco nos procurou e informou que parte do dinheiro havia desaparecido, quase que misteriosamente”, acrescentou Sheila.

 

Após novas perícias no caixa, e depois de muito assistir as imagens gravadas pelas câmeras do sistema interno de segurança, a delegada finalmente conseguiu entender o que havia acontecido.

 

O primeiro passo dos bandidos, assim que entraram na agência, foi fazer um orifício na máquina. O objetivo foi ter acesso à fiação, que fica encoberta e protegida pela carcaça. O buraco foi aberto, ainda segundo a delegada Sheila Freitas, com o uso de uma broca do tipo serra-copo.

 

Depois, com o auxílio de uma bateria automotiva, os assaltantes provocaram uma descarga elétrica e causaram um curto-circuito no sistema que libera a saída das cédulas. Com o dispositivo aberto, as notas foram expelidas aos montes. Nem foi preciso tocar fogo em nada, explodir nada, quebrar nada, em aterrorizar ninguém.

 

Memória

 

O arrombamento do caixa eletrônico da agência Santander, localizada na Avenida Prudente de Morais, aconteceu na madrugada de 2 de março deste ano. Apesar de terem passado um bom tempo no interior do prédio, divulgou-se na época que os bandidos não tinham obtido sucesso na empreitada. Como as portas do Santander não ficam trancadas durante a madrugada, entrar na agência foi moleza. E para não serem descobertos, os assaltantes ainda bloquearam algumas câmeras de vídeo com pedaços de papelão e destruíram as luminárias. Em seguida, violaram as divisórias e os compartimentos de dois terminais.

 

“Os bandidos devem ter sido comunicados que havia alguma viatura nossa nas proximidades e se assustaram. Ou então alguém passou pelo local na hora em que eles estavam tentando arrombar os caixas e eles perceberam, pressentindo que teriam problemas na fuga”, disse o coronel Francisco Alves, comandante do Policiamento Metropolitano, anunciando que os bandidos tinham deixado o banco sem levar um real sequer. Quando a reportagem chegou à agência, PMs isolavam a entrada, aguardando a perícia do Itep. No interior, havia lâmpadas quebradas, câmeras encobertas por papelões e um dos caixas estava violado.

 

Tecnologia foi criada em São Paulo

 

Para os estados do Nordeste, o uso do Kit Choque é de fato uma novidade. Porém, o método r não é tão atual assim. Surgiu pela primeira vez em 2009. Pelo menos, foi naquele ano, em Campinas, no interior de São Paulo, onde a grande imprensa teve contato com este tipo de tecnologia. Na ocasião, mais precisamente em março, uma quadrilha que atuava em roubo de caixas eletrônicos foi presa após agir em uma agência da Caixa Econômica Federal. Quatro indivíduos foram presos.

 

Segundo o delegado responsável pelo caso, a quadrilha usava um material bastante aprimorado que chamou a atenção. Com uma mini serra elétrica, acoplada a uma bateria de carro, eles abriam a parte da frente do caixa eletrônico para ter acesso à fiação. Em seguida, com ajuda da bateria, eles produziam descargas elétricas no equipamento, que sofria curto circuito que liberava as notas.

 

Fonte: Novo Jornal

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