O artigo abaixo é apenas um ensaio. Quem me conhece entenderá.
É a expressão de um momento, que espero fique prá trás.
Superar, por vezes, imprescinde de verbalizar.
Isto posto...
É a expressão de um momento, que espero fique prá trás.
Superar, por vezes, imprescinde de verbalizar.
Isto posto...
Eu tinha um amigo...
A frase “eu tinha um amigo...” é
daquelas que podem terminar de várias maneiras diferentes. Ela é
como aquelas que dão origem aos contos antigos, que se iniciavam
assim: “Era uma vez...”, para depois narrar histórias cheias de
emoção, drama, aventuras, encontros, desencontros, e...
As coincidências param por aí, pois
os contos, não raro, concluíam com o famoso jargão “e viveram
felizes para sempre”.
Acontece que com as amizades não é
assim.
Amizades podem iniciar-se mais
facilmente do que com um simples “Era uma vez...”, mas, como diz
o sábio Salomão: “o homem que tem muitos amigos, deve mostrar-se
amigável, mas há um amigo que é mais chegado que um irmão.” Pv
18.24.
É que não somos o sábio Salomão
para escolher os amigos; em 43 anos de vida, não consegui
identificar o amigo mais chegado que um irmão – e não foi por
falta de tentativa. Raros foram aqueles a quem abri todas as portas
de minha casa, que privaram de minha confiança e a quem não
soneguei demonstrar um único sentimento, sendo o mais transparente
possível.
A essas pessoas, você não tem pudor
de expressar sua percepção mais crua, seu pensamento mais direto e
objetivo... de ser você mesmo. Entende?
Suponha que eu tinha um amigo assim; daqueles do tipo "único". Amizade daquelas construídas ao longo de anos, amizade que ultrapassou gerações, de pai
para filho, sabe?
Mas um dia a gente acaba sendo exposto a uma
verdade também única e certa: amizades acabam. Seja por afastamento geográfico, por
casos fortuitos, por morte, por desentendimentos, por seguirmos
linhas de pensamento e doutrinas díspares, ou por conviver com novos
“amigos” que naturalmente nos coloquem em rotas de colisão...
… e quando isso aconteceu comigo, com aquele suposto amigo, vi,
claro como o dia de sol mais intenso: Perdi o amigo!
Faltava apenas saber que fim de amizade também tem dia e hora para acontecer, e ele chegou. Prá mim, foi o dia 06 de junho de 2012. Aquele meu suposto amigo, convencido de que nossa amizade poderia atrapalhar seu sucesso, havia ainda uma etapa necessária e definitiva para marcar esse momento, de modo que ficasse claro e inequívoco que agora era outra pessoa (mais profissional - foi o que lhe disseram) e foi
negociado que eu deveria descartado - esse ato foi uma espécie de batismo, daqueles que se exigem dos novos integrantes de uma gangue.
O sentimento não é de decepção,
pois a gente só se decepciona com a imagem e ideário que constrói
para os outros... ou seja, é a gente que cria o mito, e se
decepciona por ele não corresponder a nossas expectativas. Esse não
foi meu caso.
Há tempos percebera que o apetite de meu suposto amigo era maior que a vontade de comer, e que isso fatalmente o faria
não exitar quando diante da possibilidade de galgar sucesso, reconhecimento
e fama, tivesse que renunciar e abrir mão das coisas que considero mais sagradas
da vida: família, princípios, valores ... e amigos.
Por isso, nunca conte todos os seus
segredos a um amigo. Você não tem como prever porque, quando e como
essa relação pode ser influenciada por um novo amigo (ou inimigo)
em comum, e como as informações que um tem do outro serão
compartilhadas. E nada, absolutamente nada vai impedir de termos
desilusões se acreditarmos e confiarmos demais em quem quer que
seja.
Há segredos e opiniões de nossas
vidas que apenas Deus deve saber.
Seu filho Jesus Cristo e o Espírito
Santo são o bom amigo; mesmo sabendo de tudo sobre nós, não mudam
de opinião a nosso respeito, nem trocam ou barganham nossa amizade por promessa mais
vantajosa ou conveniente.
Para concluir, a música na voz de Jessé, acerca disso.
Um abraço.
Joserrí de Oliveira Lucena
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