Há cerca de 20 anos o mundo vivia o ápice de um movimento chamado Globalização. Tal escola direcionava hábitos como consumo, investimentos, cultura, economia, política e informação para serem homogêneos - o planeta seria uma Aldeia Global. Assim, uma calça jeans é vestimenta comum nos EUA, no Brasil ou na África. Artistas fazem sucesso desprendidos da cultura local, e de alguns nem se sabe a nacionalidade desde que o "inglês" seja a língua de suas músicas...
Uma moeda única, um governo supranacional, uma metarreligião seriam os paradigmas desse movimento, que parece ter estagnado diante do surgimento de um gigante que engoliu a globalização e tornou-se dono do modo de produção capitalista.
Paradoxalmente, é a China (a maior nação Comunista do Mundo) o Centro de Produção Global (tendo o controle da produção de alicates para unhas a apetrechos de alta tecnologia, de brinquedos infantis a equipamento bélico).
Todas as marcas famosas do planeta valem-se da China para fazer uso da Mais-Valia, usando-a numa escala jamais imaginada por Marx.
O mundo "globalizado" assiste passivamente a China desrespeitar regras ambientais, trabalhistas e humanitárias. Aliás, passivamente não; Ativamente.
Num movimento consciente, empresas do mundo inteiro desmontaram seus parques industriais e mudaram-se para a China de mala e cuia. É a Chinarização.
Vivemos uma crise global no emprego, que deteriora qualidade vida, saúde e finanças, e a reação esboçada é seguir o modelo que flexibiliza direitos e reivindica cometer ou tolerar os mesmos abusos. É a Chinarização.
Gostaria que o mundo acordasse para essa realidade e passasse a exigir da China o atendimento a todas as legislações e direitos que se exigem de qualquer outro país do mundo. Para acordar, precisaria estar dormindo; mas está tudo "acordadíssimo!"
Chegará o dia em que todos lamentarão o mundo não ser mais como era antes; aliás, nesse dia, nem a China será mais o Tigre de outrora. Até lá, de tão diminuídos que estarão os trabalhadores, a China poderá ser bem aqui.
Joserrí de Oliveira Lucena
Historiador (UFRN)
MBA Negócios Financeiros (PUC-Rio)
Esp Desenvolvimento Sustentável (UFRN)
Bel.ndo Direito (UERN)
Frase de rodapé não diz quem a gente é.
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