- E a Crise?
Duas amigas conversam; uma delas empolgada fala sobre os ótimos preços dos produtos para reformar a casa.
A outra interrompe:
- E a crise?
- É alérgica! - retruca a primeira.
O breve diálogo acima é proposta de comercial de TV de um varejista local, e mostra como a nossa percepção tem impacto significativo na nossa reação.
Este é o retrato de um momento cuja dimensão psicológica pode redundar em mudança de comportamentos, reduzindo o consumo e gerando efeito no mercado financeiro e na Economia.
Aí você pode me questionar quem está alienado da realidade, e eu prefiro não discutir teorias macro-econômicas. Sugiro algo mais simples: dê uma olhada no extrato do seu plano de previdência privada e compare rentabilidade esperada e realizada.
Certamente o resultado realizado está aquém do benchmark "esperado"; ainda que nessa conta esteja a soma da expectativa dos últimos anos, o que aponta para uma falsa percepção de prejuízo. A expectativa frustrada pode ser lida como resultado de Crise.
De outro prisma, percebe-se que a rentabilidade alcançada está bem superior à média de outras aplicações em ativos financeiros (e em algum recorte, é superior à meta atuarial do próprio plano).
Mas que Crise é essa que permite um retorno bem superior a ativos semelhantes no chamado Primeiro Mundo, de forma quase perene?
Querer retorno de 15% a.a. (acima da inflação) e conseguir "só" 7% é ruim?
Essa rentabilidade "ruim" tem atraído cada vez mais investidores estrangeiros de todos os segmentos para o Brasil: seguradoras, construtoras, montadoras, empresas de grifes famosas (e outras nem tão) e inclusive agentes financeiros (o mais recente um Banco chinês) - nenhuma instituição de caridade, pode crer.
Que a Crise (alérgica) passe rápido!
Boa semana de trabalho para todos!
Sds,
Joserrí de Oliveira Lucena
Historiador
MBA Negócios Financeiros (PUC-Rio)
Esp Desenvolvimento Sustentável (UFRN)
Bel.ndo Direito (UERN)
Frase de rodapé não diz quem a gente é.
Passa logo, crise alérgica! |
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