Se esta frase já
existir, parabéns a quem a criou; se não existir, não terá graça
tê-la criado, de tão óbvia que me parece.
Lembro que num dos
cursos de Gestão que fiz há uns anos atrás, tivemos umas sessões
de brainstorm em que éramos incentivados a simplesmente deixar o
cérebro destravado de amarras e liberar a imaginação para
proposição de ideias. Ao longo da atividade, primeiro
individualmente e depois em grupos, íamos refinando a profusão de
sugestões até que ficasse o resumo do resumo do resumo; na prática,
o refinamento é a sistematização do pensamento pasteurizado, e o
resultado por vezes não guarda qualquer relação com a ideia
original, senão o fato de ter sido o interruptor que a gerou.
Sintetizando, o
brainstorm serve para criar sinergia, mas o que se quer é que no
final todos estejam falando a mesma coisa.
Prá mim, quando todos
falam a mesma coisa, perdeu-se a essência do grupo e todos são
dispensáveis – menos um qualquer do grupo, que possa fazer uma
apresentação do resultado a outros grupos (e se necessário, posto
que se tiverem produzido um manual, todos mesmo poderão ser
dispensados).
Fuja da ditadura do
pensamento, que quer te fazer apenas reproduzir o que já foi
ruminado e remastigado. Não desligue o cérebro do modo brainstorm,
e se possível, quebre a “peneira” entre o cérebro e a boca,
para expor sem filtros tudo o que a massa cinzenta conseguir
elucubrar.
Quando todos falam a
mesma coisa, ninguém está falando coisa alguma; não seja todos.
Não reproduza o discurso uniforme da massa. Ouse discordar, nem que
seja pelo exercício de não aceitar passivamente o sobejo das ideias
alheias.
Joserrí de Oliveira
Lucena
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