Rapadura é doce, mas não é mole não! Diz o ditado popular.
Os recentes embates no Congresso Nacional não deixam dúvidas de que "atendeu de um lado, cortou do outro". O pré-sal ainda não está nem no mar, e os políticos já estão na discussão do que fazer com o lucro.
Ora, todos sabemos que ainda vai ter que se gastar muito dinheiro para saber se é viável financeiramente extrair do pré-sal (sem falar que essa exploração pode acabar com o modo de "garimpo" de sal no Rio Grande do Norte, pois, uma vez no sal marinho, seu custo de extração irá despencar).
E na colcha de retalhos montada pelos relatores das comissões que analisaram esse "El Dorado", quase todos os atuais atores ficaram reclamando de perdas em favor da coletividade (leia-se Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Mas, no Brasil é assim: em quase 8 anos de governo, em que Lula havia dito que faria a transposição do Rio São Francisco, nem que fosse no lombo (a pé), quantos movimentos não vimos contra essa obra? É verdade que em sua maioria os "defensores da natureza" estão abaixo da linha dos que serão necessitados (Bahia e Minas Gerais, principalmente), que preferem que a água "corra para o mar" do que vê-la mudando o cenário Nordestino da seca de verdade.
Tomei emprestado os fatos acima para concluir com o seguinte: não dá prá todo mundo ficar satisfeito em qualquer medida de interesse coletivo. Aliás, parece que é mais confortável atender uma minoria organizada, do que a maioria desunida.
É assim que, no presente momento, o governo opta por um aumento de 7,7% para os aposentados, ao invés de estinguir a famigerada tabela progressiva do INSS (contra a qual o próprio governo, antes na oposição, tanto criticou). E ambas as propostas estavam aprovadinhas, ao aguardo de sanção ou veto presidencial.
Os assuntos não são excludentes um do outro, mas, vende-se para o povo que ambas as propostas não podem conviver concomitantemente...
...acredite quem quiser!
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