Assistindo a jornais regionais que cobriram a greve dos
professores do RN, a gente tem a certeza de que a professora Amanda Gurgel é
que tem a razão:
Os professores são os redentores da nação, apenas com o giz
numa mão, e o salário de fome na outra.
Não é de se estranhar que nas últimas décadas os profissionais
da educação tenham debandado para outras áreas, algumas até com as quais não têm
a menor afinidade, mas onde são recompensados pelo domínio do saber.
Porque veja bem, o professor é responsável pelo sucesso de
profissionais de todas as categorias, e vê a cada dia seus ex-alunos obterem
êxito em certames para ganhar 2, 3, 10, 20 vezes mais que seu salário de “mestre”.
Por que o professor não faz ele próprio concurso para outras
áreas? Vocação prá ser pobre?
Uma pena que os periodistas recriminem os movimentos
grevistas, sob a pecha que é um tipo de luta ultrapassado.
Prá mim, quem faz greve é porque ainda acredita que a
educação tem jeito. Quando a gente se desencanta, ou cai no marasmo e finge que
ensina, ou procura outra forma de obter remuneração decente (que é o que tem
acontecido em massa).
Se Educação fosse prioridade nesse país, talvez não
tivéssemos tantos analfabetos funcionais se passando por jornalistas.
E, como diz a professora “musa” dessa greve, os professores
saem do movimento humilhados (leia abaixo relato).
Aliás, o governo do Estado do RN não é o único ente que
mobiliza os profissionais comissionados para votar o fim de movimentos
grevistas... essa dica deve ter sido passada à governadora por interlocutor que
tenta um espaço nas esferas do novo poder...
Aguardemos!
Joserrí de Oliveira Lucena
"Os professores foram humilhados", diz
Amanda Gurgel
Professora denunciou presença de professores que "não pisavam no
sindicato há pelo menos dez anos" durante votação.
A professora Amanda Gurgel disse que o fim da greve na rede
estadual, decidida em assembleia realizada pelo Sinte-RN na tarde desta
quarta-feira (20), representa uma "humilhação" para a categoria.
"Essa decisão não reflete o sentimento da categoria. Muitos professores saíram dizendo que não sabiam como iriam olhar para os alunos por conta do constrangimento a que fomos submetidos e pelas ameaças feitas pela governadora e pelo Poder Judiciário", declarou.
A professora denunciou que muitas pessoas presentes à assembleia desta tarde "não pisavam no sindicato há pelo menos dez anos, mas foram mobilizadas pela Secretaria de Educação para aprovar o fim da greve e manter seus cargos comissionados".
"A nossa realidade não muda. Os professores estão arrasados. Fomos tratados com humilhação com essa intervenção do Judiciário. Não temos condições psicológicas de voltar às aulas", desabafou. Amanda disse que, apesar de a secretaria haver divulgado um calendário de reposição das aulas, cada escola tem autonomia para decidir como vai repor os dias parados.
"Essa decisão não reflete o sentimento da categoria. Muitos professores saíram dizendo que não sabiam como iriam olhar para os alunos por conta do constrangimento a que fomos submetidos e pelas ameaças feitas pela governadora e pelo Poder Judiciário", declarou.
A professora denunciou que muitas pessoas presentes à assembleia desta tarde "não pisavam no sindicato há pelo menos dez anos, mas foram mobilizadas pela Secretaria de Educação para aprovar o fim da greve e manter seus cargos comissionados".
"A nossa realidade não muda. Os professores estão arrasados. Fomos tratados com humilhação com essa intervenção do Judiciário. Não temos condições psicológicas de voltar às aulas", desabafou. Amanda disse que, apesar de a secretaria haver divulgado um calendário de reposição das aulas, cada escola tem autonomia para decidir como vai repor os dias parados.
Fonte: nominuto.com
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