quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Bebê considerado morto chora em funerária

Deveria ser motivo de comemoração, mas infelizmente não é, pois não tem final feliz.

O resumo da história é a seguinte: um bebê, nascido prematuro, foi considerado morto e encaminhado para a funerária para os preparativos e liberado para os parentes fazerem o sepultamento. Na funerária, o bebê se mexeu e chorou.

Poderia ter sobrevivido se não houvesse negligência do Hospital em verificar os sinais vitais de modo correto... infelizmente veio a óbito (de verdade) horas após nova internação...

Isso deveria ser motivo de indignação, pois uma vida não tem preço. Infelizmente, é apenas mais um número na imensa estatística do descaso com a saúde de pobres e excluídos; essa é uma forma violenta de acepção e segregação social, cujas conseqüências são amargadas por vítimas e familiares de todo o país, que ainda tem que conviver com a impunidade.

Joserrí de Oliveira Lucena

Belo Horizonte. Depois de ser considerado morto e chorar na funerária um bebê prematuro, que nasceu na Santa Casa de Misericórdia de Araxá, na região do Alto Paranaíba, em Minas, morreu na madrugada de ontem em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde estava internado. A polícia abriu inquérito para apurar o caso e a família da criança, que seria batizada como Luana, informou que pretende processar a Santa Casa.

A confusão começou no início da tarde de terça-feira (2), quando a mãe da criança, uma adolescente de 14 anos, começou a passar mal e foi levada para o hospital. Um tio de Luana, o ajudante de pedreiro Fabson Francisco Silva - que iria batizar o bebê -, conta que "foi um custo" para que a jovem fosse atendida. Segundo Fabson, ela estava com pouco mais de seis meses de gestação. "Tinha muita gente e pouco médico. A bolsa dela (da mãe) até estourou no hospital. Mas só depois que ameaçamos processar o hospital que ela foi atendida", afirmou.

Quando a adolescente recebeu atendimento, fez um parto normal, mas recebeu a informação de que a criança não havia resistido. De acordo com Fabson, além da médica responsável pelo parto, uma pediatra também teria confirmado a morte do bebê, que foi encaminhado para a Funerária São José.

O agente funerário João Carlos Alves Pereira contou que a criança chegou em uma "caixinha" totalmente enrolada em gaze. "A família já estava até aqui para levar o caixão, já que não ia ter velório. Mas, quando eu ia começar a preparar o corpo, o bebê se mexeu", relatou Pereira.

"Ainda chamei um colega para ter certeza se não era eu que estava vendo coisas. Mas aí ela chorou. Foi uma cena muito forte, que nunca tinha visto", lembrou o agente funerário, que trabalha há 18 anos no ramo.

Viva
Ele conta que ligou para a Santa Casa para informar que "tinham mandado uma criança viva" e foi obrigado a dar um susto nos familiares da criança. "Não tinha como fazer rodeio porque tinha que levar correndo de volta para o hospital", contou.


Fonte: Diário do Nordeste

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