Previsões otimistas dão conta da maior greve da história do
Sindicalismo de Resultados no Brasil, neste primeiro ano do Governo Dilma
(2011).
Será uma queda de braços imperdível, pois as greves no ano
passado (eleição presidencial 2010) foram esvaziadas pelo medo do impacto
negativo na eleição da sucessora de Lula.
Assim, a turma afrouxou para ajudar a eleger a companheira
Dilma.
Só que Dilma, já dissemos aqui diversas vezes, não é Lula. E
de “Companheira” não tem nada. Na hora do “vavavu” ela sabe separar o que é populismo
do que é necessário para manter o trem nos trilhos.
Dilma não vai deixar o Brasil virar uma Europa ou os EUA (em
crise para pagar credores). Ela certamente vai priorizar o interesse dos
grandes, em detrimento de aumento real de salários a pequenos – inclusive aposentados
– em nome do equilíbrio financeiro do Estado.
Essa linguagem todo mundo entende. Até o menor dos
produtores rurais, criador de galinhas de “postura” sabe o impacto da crise
internacional no preço dos insumos e que a Lei da Oferta e da Procura vai fazer
o preço final de seu produto diminuir. Resultado: até o pequeno arrocha ainda
mais o cinto... e sabe que vai ter que sobreviver com um salário com menor poder
de compra.
Isso porque a inflação mede o consumo médio, mas há produtos
que aumentam muito seu preço em períodos de crise (só prá contrariar o que
dissemos acima).
Veja a notícia mais recente, logo abaixo, de reajuste de
salários em 2012, sem aumento real (acima da inflação).
Nos próximos 90 dias saberemos se Dilma agüenta o tranco de
ter a turba fazendo barulho nas portas de fábricas e com o Sistema Financeiro
paralisado pelas greves.
Joserrí de Oliveira Lucena
15/08/2011
Dilma sanciona LDO de 2012 com veto a ganho real a
aposentados
LORENNA RODRIGUES
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Atualizado às 15h04.
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (15) a
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2012, publicada no "Diário
Oficial" da União.
Como a Folha antecipou na semana passada, a pedido da
equipe econômica, a presidente vetou pontos do texto aprovado pelo Congresso
Nacional, entre eles a meta para o deficit nominal de 0,87%.
"O estabelecimento de um teto para o resultado nominal, num
contexto em que já se dispõe de meta para superavit primário para o setor
público, limita o campo de atuação da política monetária para fins de
cumprimento da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional", explica o despacho publicado hoje no "Diário
Oficial".
A presidente também vetou o artigo da LDO que previa a reserva de
verba do orçamento do ano que vem para reajustes acima da inflação para os
aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O artigo previa que
tais reajustes seriam definidos com as centrais sindicais e os representantes
da iniciativa privada.
"Não há como dimensionar previamente o montante de recursos a
serem incluídos no PLOA - 2012 (projeto do orçamento) uma vez que, até o seu
envio, a política em questão poderá ainda não ter sido definida", explica
o despacho publicado hoje no Diário Oficial, junto com a sanção da LDO.
O reajuste real beneficiaria os aposentados que ganham acima de um
salário mínimo, já que, para o piso salarial, já existe a regra de somar o PIB
de dois anos antes, mais a inflação do ano anterior.
CUSTEIO
Outro parágrafo vetado foi o que estabelecia que o crescimento das
despesas com custeio não poderiam crescer acima das com investimentos. Dilma
vetou também o artigo que dava prioridade aos gastos com emendas parlamentares.
A justificativa era que a prioridade fere o princípio da
impessoalidade e que teria de ser criado um sistema específico de controle
desses gastos, o que elevaria os custos para o governo.
Foi vetada ainda a previsão de que toda emissão de títulos da
dívida pública feita pelo Tesouro Nacional teria que ser autorizada pelo
Tesouro Nacional e de criação de um banco informatizado de projetos de
investimentos, entre outros pontos.
Fonte: Folha
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