É que político no Brasil prioriza outras coisas além do fisiologismo: o direito de levar vantagem, cobrar propina, de não ser denunciado, de não ser investigado e de multiplicar o patrimônio enquanto vota tudo com submissão.
Não são melhores nem piores que seus eleitores, que trocam o voto por coisas menores (saco de cimento, dentadura, caixa de remédios... foto 3x4!).
A grande novidade desse gesto é que talvez a gente fique sabendo quantos cargos custava esse apoio do PR aos governos Lula e Dilma, quando todos os comissionados em todos os Estados da Federação entregarem suas sesmarias, abrindo mão de seu quinhão nessa Capitania Hereditária que é o Brasil.
Estou ansioso para saber quem eram os afilhados que ocuparam cargos aqui no Rio Grande do Norte, nas diversas "repartições" públicas. Isso SE Dilma Roussef for mesmo a Xerife que os jornais tanto afirmam, e SE o Diário Oficial vier recheado de EXONERAÇÕES.
Leia mais sobre o assunto logo abaixo.
As próximas 24 horas prometem.
Agora sonho mesmo era se os demais partidos envolvidos em escândalos fizessem o mesmo, e para o Brasil não ir para o buraco de vez, Lula desse aquele tão profetizado golpe anunciado pelo PIG. A faxina seria ampla, geral e irrestrita!
Se depender do Senador Magno Malta, Brasília vai virar deserto. Dia desses, em entrevista a uma emissora de TV disse mais ou menos assim: Se a presidenta Dilma resolver expulsar todos os ladrões de Brasília, não fica ninguém!
Joserrí de Oliveira Lucena
PR deixa base no Congresso e abre mão de todos os cargos
16 de agosto de 2011 • 17h51 • atualizado às 19h27
Ao confirmar sua saída da base aliada ao governo federal, o Partido da República (PR) pretende entregar todos os seus cargos na gestão da presidente Dilma Rousseff, informou nesta terça-feira o senador, ex-ministro dos Transportes e presidente nacional da legenda, Alfredo Nascimento. A ideia, no entanto, não deve incluir o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que, embora filiado ao PR desde 2006, não é considerado como da cota dos republicanos no primeiro escalão do governo federal.
"Se você sai da base do governo é claro que você entrega os cargos. A presidente da República pode convocar quem ela quiser (no caso do Ministério dos Transportes), não necessariamente do partido", disse Nascimento, que promete ainda hoje oficializar a saída do PR da base governista.
Apesar da posição do presidente, pelo menos quatro dos atuais seis senadores da legenda pressionavam para que o anúncio de independência não seja feito. Fontes do partido questionam a legitimidade de uma executiva partidária que teria decidido pela posição de neutralidade em relação ao governo federal.
No Senado, apenas os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e o próprio Nascimento eram a favor da saída da base governista. Na Câmara dos Deputados, o líder da legenda, Lincoln Portela (PR-MG), dizia que pelo menos 90% dos parlamentares daquela Casa desejam sair do bloco.
Portela havia anunciado mais cedo a saída do partido da base governista. A decisão ocorre em resposta à "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes, pasta comandada pelo PR desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva e alvo de denúncias de superfaturamento de obras e recebimento de propina.
Portela nega que os parlamentares do PR devam se alinhar ao bloco opositor. "Oposição? Nunca! Apoiamos a presidente Dilma", garantiu o deputado ao Terra. Sobre o apoio a uma eventual CPI mista para apurar as denúncias de corrupção nos ministérios, o líder disse que as assinaturas do PR dependerão do "espírito da CPI". "Se o espírito for jogar holofotes na oposição, não assinamos. Se a CPI vier no espírito de investigar caso a caso, faremos uma avaliação."
Apesar de Paulo Sérgio Passos, também do PR, ter substituído Alfredo Nascimento à frente do ministério, as demissões geraram desconforto, e o partido ensaiava abandonar a base aliada desde as primeiras quedas na pasta.
A crise no Ministério dos Transportes
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo.
O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".
Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos de um filho do ministro. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente. Em seu lugar, assumiu Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo da pasta e havia sido ministro interino em 2010.
Além de Nascimento, outros integrantes da pasta foram afastados ou demitidos, entre eles o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron - único indicado pelo PT na direção do órgão -, o diretor-executivo do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, e assessores de Nascimento.
Fonte: Terra
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