Caicó não é uma cidade! Quem a conhece sabe do que estou
falando.
Caicó é muito mais do que sua divisão geográfica de 1.229 km2
e população habitante de pouco mais de 60.000 pessoas.
Caicó é um povo. É uma nação. É um Estado de Espírito.
Me diga qual lugar do planeta não tem um nativo de Caicó,
com seu linguajar, costumes, valores, crenças e jeito peculiar de descobrir parentesco
com todo mundo (as raízes das árvores genealógicas vão até os escanchavós, para
mapear a relação de parentesco, nem que seja por afinidade).
Durante algumas semanas estaremos relatando alguns dos
costumes de minha Caicó (sim, sou cidadão caicoense também, com título
concedido pela Câmara, por indicação de meu amigo Edevaldo Maia). Em Caicó vivi
(e não apenas morei) mais de 30 exclusivos anos.
O caicoense vive os momentos intensamente. Quem apenas mora
não tem tempo de apreciar da convivência e privar da amizade verdadeira,
daquelas de conhecer todos os cômodos da casa, de sentar na melhor preguiçosa,
de deitar na rede com varanda rendada e caprichosamente bordada com desenhos
personalizados.
Nos próximos artigos falaremos de alguns dos costumes desse
povo forte, valente, teimoso, trabalhador e pagador de suas contas. Falaremos
da economia de judeu, de tradições, de costumes, de valores morais e éticos, de
cenários, paisagens e fatos históricos – e, é claro das pessoas que compõem essa
narrativa – mesmo que utilizando do artifício do apelido, que é coisa para um
tema específico.
Em Caicó, filho de rico e filho de pobre ainda brincam
juntos na praça do Coreto e são educados pelas mesmas mestras, seja nos
colégios públicos os “particulares”... e quando crescem, mesmo que seguindo
caminhos profissionais diferentes, por conta dessa amizade construída por anos
de convivência, conseguem livre trânsito em todas as esferas de poder. A
palavra mágica é a identidade “Caicó”.
Duvido que você ainda não tenha ouvido falar no nome CAICÓ.
Joserrí de Oliveira Lucena
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