"Ajude-me a te ajudar" é o lema de boa parte dos políticos corruptos desse país.
Muito comum por candidatos assistencialistas, daqueles do tipo toma-lá-dá-cá, que trocam um voto por qualquer coisa tangível, de dentaduras a cestas básicas.
Quando essa mistura envolve político corrupto e pastor charlatão numa pessoa só, você já sabe no que dá.
A última novidade vem do Amapá. Preso por desvio de dinheiro público, um pastor pagou a fiança de R$ 109.000,00 com um cheque sem fundos.
O absurdo não pára aí: está pedindo doações aos fiéis para cobrir o borrachudo. Diz que vai devolver tudo depois.
Dá prá acreditar numa pessoa que:
a) comprovadamente tem participação em desvio de dinheiro público;
b) praticou estelionato ao passar cheque sem fundos;
c) diz que é honesto;
d) diz que as doações são empréstimos.
Uma brincadeira, não é?
Ele vai é ser preso de novo. Dessa vez, certamente só receberão a fiança em cash (dinheiro vivo).
Veja a cobertura, conforme publicado em "O Globo", logo abaixo.
Sds,
Joserrí de Oliveira Lucena
Pedinte
Pastor preso na operação da PF no Ministério do Turismo pede doações para cobrir cheque da fiança
Jailton de Carvalho- enviado especial (jailtonc@bsb.oglobo.com.br)
MACAPÁ - O pastor Wladimir Furtado, dono da Conectur, que é investigada pelo desvio de recursos no Ministério do Turismo, corre o risco de ser preso novamente. Ele disse publicamente na manhã desta segunda-feira que não tem dinheiro para cobrir o cheque caução que deu para pagar a fiança de R$ 109 mil - o equivalente a 200 salários mínimos - e ser solto na madrugada de sábado. Ele deu entrevista a uma rádio e a uma TV locais, em que pediu doações de cem a mil reais para fiéis e amigos, a serem depositadas na conta da mulher dele, que foi quem assinou o cheque.
- Guarde o comprovante, que vamos devolver o seu dinheiro depois - disse ele em entrevista à TV, acrescentando:
- Nós moramos no Amapá, gostamos do Amapá, respondemos por dez anos pela prefeitura (de Ferreira Gomes) e nunca precisamos ser presos - disse Wladimir, que já tinha a ficha suja por outros casos de desvio de verbas .
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Segundo o advogado do pastor, Maurício Pereira, o cheque assinado pela mulher de Wladimir não tem fundos. Se não conseguir as doações de parentes, amigos e pessoas da igreja, ele, por iniciativa própria, se reapresentará à Justiça Federal. Nesse caso, ele poderá ser preso novamente.
- Até o final do expediente bancário, se ele não tiver recursos suficientes, ele vai se apresentar à Justiça - disse o advogado Maurício Pereira.
Wladimir negou ainda ter dito ao jornal "O Estado de S. Paulo" que tenha recebido uma oferta da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) para ser laranja dela. Ele também disse não ter cometido nenhuma irregularidade nem ter passado dinheiro à deputada. Quatro pessoas também investigadas na Operação Voucher, da Polícia Federal, apontaram o envolvimento de Fátima Pelaes com a Conectur e o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).
A Conectur é uma das empresas investigadas por desvio de R$ 4 milhões no Ministério do Turismo. A empresa foi contratada por R$ 250 mil pelo Ibrasi. A ONG recebeu dinheiro do governo e, segundo investigação, não executou o serviço. A Conectur também recebeu, em 2008, R$ 2,5 milhões do ministério para fazer um levantamento sobre o potencial turístico do Amapá.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/08/15/pastor-preso-na-operacao-da-pf-no-ministerio-do-turismo-pede-doacoes-para-cobrir-cheque-da-fianca-925132241.asp#ixzz1VD9gyHYy
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