terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ana Maria Braga e o Caso Joanna (até que enfim)

Uma pena que o Caso Joanna só tenha ido ao ar após a morte da inocente - mesmo com os muitos apelos para uma reportagem investigativa sobre as circunstâncias dessa internação que levou à morte a menina.

Ainda assim, quem assistiu o programa garante que o "MAIS VOCÊ" deu a oportunidade da mãe de Joanna, Cristiane Cardoso Marcenal, apresentar a história que a traumatiza, e afirmar categoricamente: minha filha "foi vítima do Judiciário desse país".

Creio que pertinho de cada um de nós, aí na sua cidade mesmo, existem outras histórias como essa. Ler tudo que puder é importante para nos informamos e poder agir, evitando que o desfecho desse caso e a dor que dilacera os corações de pais e mães que têm que enterrar seus filhos - vítimas de processos mal conduzidos e viciados, cheios de influência dos poderes econômico e político.

Vejam a reportagem publicada no site do programa, inclusive com um vídeo:




Mãe da menina Joanna revela que filha foi espancada pelo pai em 2007

Nesta terça-feira, Ana Maria recebeu a mãe da pequena Joanna Marcenal, de 5 anos, que morreu semana passada, no Rio, sob suspeita de maus tratos. A menina ficou quase um mês internada em coma, mas a causa da morte só será conhecida daqui a 45 dias. Revoltada, Cristiane Cardoso Marcenal disse que Joanna "foi vítima do Judiciário desse país".

Em maio deste ano, o pai, André Rodrigues, conseguiu a guarda da menina sob a alegação de alienação parental, que ocorre quando o pai ou a mãe coloca o filho contra o parceiro. Além de perder a guarda, a mãe ficou impedida de ver a filha por 90 dias.
Cristiane revelou ao Mais Você que o pai já havia agredido a filha em 2007.

“Em 2007 ele agrediu a Joanna, existe um inquérito sobre o caso. Nós a levamos ao pediatra e havia indícios de espancamento. Fizemos exames no Instituto Médico Legal. Quando existe espancamento logo culpa-se o padrasto. Nessa época ela tinha 2 anos e meio e, quando falávamos, no assunto, Joanna só chorava. Depois eu perguntava se ela queria que eu ligasse pra ele e ela disse que o papai era mau e que ‘papai André me bateu na cabeça’. ”, disse emocionada.

'Joanna nunca teve convulsão, catapora ou outras doenças comuns de criança'

A médica disse ainda que o que a mais incomoda é que nem pôde tratar a filha direito durante o tempo em que ela esteve internada. “Todo o tratamento começa com uma história de doença, mas a gente não teve essa história. Nenhuma das histórias que o pai contou foi coerente com o quadro clínico dela. A Joanna nunca teve convulsão, nem catapora e outras doenças comuns. Por isso, quando fiquei sabendo da notícia achei que fosse trote. Antes de ter ido embora com ele ela fez todos os exames e estavam totalmente normais”, disse.


A médica contou que o pai da criança, André, foi ausente durante todo o crescimento da filha. “No período de gravidez ele nem me viu grávida. Quando a Joanna nasceu ele a registrou e depois apareceu pouquíssimas vezes pra ver a criança. A Joanna cresceu sabendo que tinha o papai André. Eu falei para os meus outros filhos o que aconteceu e eles dizem que ela está com o ‘papai André e que vai voltar’”, contou.

Ana Maria perguntou como era a relação de André com a madrasta de Joanna. “Há relatos de que ele era agressivo com ela. Também existe um boletim de ocorrência que mostra que certa vez ele foi hospitalizado depois de ser atingido por uma cadeira que ela jogou nele. Porque ela não queria a Joanna lá”, revelou.

'A minha vida parou, mas a do André continuou normalmente'

Cristiane condenou a atitude do pai de Joanna enquanto a filha estava em coma. “A minha vida parou, mas ele continuou com a vida dele normalmente. Eu fiquei com ela até o último batimento dela. No dia em que ela morreu ele chegou, ficou parado olhando pra ela. Eu perguntei se ele não ia chorar e a resposta foi ‘primeiro eu vou tentar entender o que houve’ e foi embora. A partir daí não o vi mais”, falou.

Sobre a perda da guarda da filha, a mãe da Joanna explicou que a juíza determinou que a filha fosse entregue imediatamente ao pai. “Ela foi arrancada de mim. Para evitar que isso fosse mais traumático, eu disse à Joanna que a mamãe ia voltar. Imagine uma criança ter que ficar 90 dias longe de uma mãe? Pedi na justiça, em todas as ONGs que pudessem me ajudar, procurei mil advogados, vendi um apartamento pra pagar advogado. A juíza, em nenhum momento, parou pra ouvir qualquer tipo de negociação que eu fizesse”, lamentou.

Emocionada, Cristiane disse que ainda não consegue entender o que foram os hematomas encontradas no corpo da filha quando deu ela entrada no hospital. “Se fosse queimadura de água quente deveria ter atingido a vulva. Se tivessem a escaldado em água quente deveria ter escorrido. A impressão que se dá é que sentaram a Joanna em uma chapa quente”, falou muito emocionada.

'A Joanna foi vítima do Judiciário desse país', diz a mãe da menina 
Ao final da conversa, a mãe de Joanna fez um apelo. “Peço às pessoas que tenham visto ou que saibam de alguma coisa, de alguma história de a Joanna ter se machucado, por favor denunciem. O que mais me indigna nisso tudo é que a história com o menino João Hélio foi ocasionada por marginais. A da menina Isabella Nardoni ocorreu com pessoas que não detinham as leis. No meu caso, a Joanna foi vítima do Judiciário desse país. A juíza tirou ela dentro de casa e a entregou pra ser morta”, revoltou-se.


Saiba mais sobre o caso

O enterro de Joanna Cardoso Marcenal Marins, 5 anos, foi marcado pela revolta com a presença da madrasta da menina, Vanessa Marins. Ela foi colocada pra fora do cemitério Jardim Mesquita, na Baixada Fluminense, onde 300 pessoas acompanham o velório, na tarde deste domingo. Joanna estava com o pai e a madrasta quando foi internada no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, dia 19, com convulsões, hematomas e queimaduras. Ela morreu após 26 dias internada e a polícia investiga maus-tratos.

A família da menina acusa o técnico judiciário André Rodrigues Marins, pai da criança e responsável por sua guarda desde 26 de maio, de maltratá-la. Ele não apareceu no cemitério para o enterro da filha. "Ela estava linda, bem vestida, com brinquinhos de ouro, quando foi morar com o pai e voltou um cadáver", disse, aos prantos, Luciene Marcenal, tia da menina. "Ele é um safado, acabou com uma família, não pode ficar impune", sentenciou ela, pouco antes de Vanessa Marins, madrasta da menina, tentar entrar no cemitério.

Cristiane Ferraz entregou a filha ao pai da criança no dia 26 de maio, após sentença da 5ª Vara de Família de Nova Iguaçu. Dia 19 de julho, Joanna foi levada ao hospital com uma crise convulsiva. Lá, foi atendida e liberada pela médica Sarita Fernandes Pereira. No dia seguinte, voltou lá e foi medicada por Alex Sandro da Cunha Silva, estudante de medicina que se passava por médico. Ele a liberou desacordada. Sarita foi presa e Alex está foragido.










DISQUE-DENÚNCIA: 21 2253-1177

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