O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, revidou os tiros durante o atentado que sofreu nesta quarta-feira em Aracaju. A informação, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), é da mulher de Mendonça, que estava em um veículo próximo ao do marido.
O desembargador e seu motorista, o cabo Jailton Batista Pereira, 41 anos, sofreram um atentado a tiros enquanto passavam pelas avenidas Beira Mar e Silvio Teixeira, zona sul da capital. Mendonça foi atingido por um tiro de raspão no ombro e não corre risco de vida. Pereira passou por uma cirurgia no crânio de quase seis horas. Ele está em coma induzido e seu estado é considerado grave.
De acordo com a SSP, Mendonça tem porte de arma e usou sua pistola para revidar os tiros. Não há informações sobre a quantidade de disparos feitos pelo desembargador. Conforme a SSP, foi uma "reação natural" do presidente do TRE para afastar os suspeitos.
Investigação
Em visita a Mendonça no hospital, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que espera uma apuração rigorosa do fato. Em Brasília, o governador Marcelo Déda (PT), disse a Lula que o atentado não tem cunho eleitoral.
Em visita a Mendonça no hospital, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que espera uma apuração rigorosa do fato. Em Brasília, o governador Marcelo Déda (PT), disse a Lula que o atentado não tem cunho eleitoral.
Para o governador, a causa mais provável é de criminosos presos durante a gestão de Luiz Mendonça como secretário de Segurança no Estado tenham planejado o atentado. Ele também relatou que o próprio desembargador descartou possibilidade de vínculo político ou eleitoral com o atentado.
"As linhas mais vigorosas de investigação são no sentido de buscar encontrar alguma relação do episódio com vingança de criminosos que foram presos no período em que o atual desembargador era secretário da Segurança Pública. Há um fugitivo da justiça sergipana, chamado Floro Calheiro, que teria ameaçado de morte não apenas o desembargador, como algumas autoridades sergipanas, mas há outras linhas de investigação", disse.
O secretário de Segurança, João Eloy, disse hoje à imprensa que o atentado contra Mendonça foi um "crime de mando". Ele também descartou a possibilidade de motivação eleitoral.
A polícia de Sergipe ainda não trabalha com nenhuma linha de investigação concreta, de acordo com o superintendente da Polícia Civil, João Batista. "Sabemos que o crime é complexo, que houve um preparo, e devido ao cargo do desembargador, acaba trazendo inimigos. Mas todo processo investigativo precisa ser realizado com muita tranquilidade, para assegurar resultados rápidos e legítimos. Até porque especular agora pode prejudicar as investigações", disse.
A SSP informou ainda que o carro dos autores da tentativa de homicídio foi roubado e é proveniente do Estado de Alagoas. As armas utilizadas no atentado, ainda de acordo com João Batista, foram calibre 13 e 38.
Colaborou Andrea Vaz.
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