segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caso Joanna: Laudo precipitado...


27/09/2010 18h14 - Atualizado em 27/09/2010 18h14

Laudo sobre causa da morte de Joanna não está pronto, diz IML-RJ

Menina de 5 anos morreu em 13 de agosto após ficar quase 1 mês em coma.
Órgão informou que 'não há, nem haverá laudo preliminar sobre este caso'.

Do G1 RJ

O Instituto Médico Legal do Rio afirmou em nota na tarde desta segunda-feira (27) que o laudo sobre a causa da morte da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins não está pronto. De acordo com o posicionamento oficial do órgão, o IML aguarda a realização de exames complementares e “não há, nem haverá laudo preliminar sobre este caso”.
Mais cedo, a imprensa havia divulgado um laudo preliminar que seria do Instituto Médico-Legal, que afirmava que a causa da morte da menina Joanna Marcenal, de 5 anos, foi provocada por meningite.
Joanna estava internada em um hospital no Rio de Janeiro em coma desde o dia 19 de julho emorreu no dia 13 de agosto. Ela foi atendida e liberada por um falso médico em um hospital na Zona Oeste do Rio, que teve a prisão preventiva decretada no dia 10, mas continua foragido.

A médica Sarita Fernandes Pereira, suspeita de ter contratado o falso médico, foi presa no dia 14 de agosto por policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).
Joanna era alvo da disputa dos pais desde o nascimento. A causa de sua morte ainda é desconhecida para a polícia e os médicos. Uma das hipóteses investigada é se a menina foi vítima de maus-tratos, já que ela tinha uma mancha nas nádegas que, segundo o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), parecia uma queimadura. O pai da menina nega as agressões.
A delegacia que investiga o caso ainda aguarda a conclusão de exames complementares do IML para saber se Joanna sofreu ou não maus-tratos.
A mãe da menina, Cristiane Marcenal Ferraz, quer esclarecer os fatos. "Se ela tiver tido meningite, ela teve meningite e outras coisas. Porque meningite não dá queimaduras no bumbum e ela tinha uma queimadura no bumbum imensa. Meningite não dá corte no pé, e ela tinha um corte no pé imenso. Meningite não dá galo na cabeça e ela tinha um galo enorme na cabeça. Então é só a perícia técnica, a perícia do IML, que pode dizer o que aconteceu”.
Confira a íntegra da nota oficial do IML-RJ:
"A direção do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IML AP), faz por meio desta, seu posicionamento oficial quanto aos fatos veiculados na imprensa, no dia 27 de setembro de 2010. O laudo pertinente ao corpo de Joanna Cardoso Marcenal Marins não está pronto, aguardando a realização de exames complementares. Não há, nem haverá laudo preliminar sobre este caso. A causa da morte veiculada pela imprensa é mera especulação por quem já teve acesso e não soube interpretar o teor do documento enviado pela chefe de setor de histopatologia do IML-AP a esta direção.
O exame atual necessita confirmação por técnica de imunohistoquímica, o qual não é realizado neste instituto, a fim de um diagnóstico preciso e conclusivo sobre a causa da morte. As diversas lesões descritas quando da realização do exame de corpo de delito, quando a periciada ainda estava viva, também são objeto de estudo e estão em fase final de análise. O objeto do exame pericial é esclarecimento de um fato de interesse da justiça. E é baseado nisto que estamos envidando todos os esforços para que seja realizado uma prova técnica de excelente padrão e qualidade.”

Promotora diz que Joanna foi vítima de alienação parental
O Programa Mais Você mostrou nesta segunda (27) uma gravação em que a promotora Elisa Pittaro, que acompanhou um inquérito policial sobre o caso da menina, faz comentários sobre a morte de Joanna. O inquérito, do ano de 2007, foi aberto quando a mãe de Joanna acusou o pai da menina de agressão.
De acordo com a promotora, que também conversou ao vivo por telefone com a apresentadora Ana Maria Braga, a menina foi vítima de alienação parental. Na gravação ela afirmou que vai entrar com duas denúncias contra a mãe de Joanna, já que segundo a promotora, na ocasião das denúncias contra o pai de Joanna, ela teria narrado fatos criminosos que "não ocorreram".

"Pra mim foi uma disputa cruel pela guarda. Ela foi disputada como um pedaço de roupa. Tenho informações de que essa menina tomou remédio controlado em 2005, 2006, 2007, 2008. Eu entendo a dor da mãe dela dizer que a Justiça matou a criança. O que tem documentado é típico de alienação parental. A menina apresentava nove dos dez sintomas de alienação parental. Eu tenho documentado nos autos que a mãe contou à criança que o pai havia morrido”, afirmou Elisa Pitarro no telefone.

'É louca', diz promotora sobre mãe de Joanna
A promotora ouvida é professora da escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, o mesmo lugar onde estuda o pai de Joanna, André Martins. Em uma conversa gravada por uma aluna dela, ela fez comentários sobre a morte de Joanna, fez críticas à mãe, chamando-a de "louca",  e disse ter dado conselhos ao pai.

Elisa Pittaro afirmou que houve um pedido de afastamento do caso, mas que ela não entendeu o motivo, uma vez que já estava afastada. “O que foi feito em 2007 foi um registro de ocorrência em decorrência de hematomas e arranhões que possivelmente foram feitos pelo pai. Falei com a criança, assim como o pai, que era aluno aqui da escola. Ele contou as mazelas que passava e, quando encerramos o depoimento, mandei um ofício para a Vara de Família para que fossem enviados os documentos que ele havia me trazido. O hematoma que a Joanna apresentava, segundo a própria menina, foi de uma queda no banho que ela própria relatou. A criança também disse que uma suposta mordida foi feita por um cachorro da avó”, explicou.
Segundo a promotora, as supostas agressões foram negadas pela criança. “O pai teve as visitas suspensas, daí a razão de a mãe ser denunciada. Isso é crime”, falou. A promotora disse saber que a menina morreu em consequência de uma meningite viral. “Soube em meados de agosto, então fiquei muito tranquila para arquivar o caso", justificou Elisa.
Mais Você ouviu ainda o pediatra de Joanna, Wanderley Porto. Ele contou que ela era uma criança saudável e que a mãe era muito cuidadosa. “Ela teve uma doença chamada ‘terror noturno’, que a criança apresenta quando tem problemas emocionais e fica muito excitada. Nesse período ela foi tratada por uma neuropediatra. O remédio que ela tomou era um neuroléptico, que só ajuda na circulação cerebral. Mas não tem nada a ver com convulsão e não é anticonvulsivante. Quando a Joanna foi entregue ao pai já não tomava o remédio há dois anos. Ela estava supersaudável quando foi entregue a ele”, disse o médico.

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