Vocês lerão que todos os procedimentos estão sendo conduzidos para punir os médicos do 3o atendimento (inclusive a médica está presa e o aluno de medicina acusado de homicídio doloso).
Enquanto isso, é como se não houvesse investigação quanto à responsabilidade do pai (guarda da filha) quanto aos procedimentos que foram prestados a ela... afinal, não foi o próprio pai que levou Joanna a três atendimentos diferentes?
Não é curioso?
Veja matéria do G1:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/09/mp-do-rio-pede-esclarecimentos-sobre-atendimento-menina-joanna.html
MP do Rio pede esclarecimentos sobre atendimento à menina Joanna
Dados foram pedidos a hospitais, laboratório e psicóloga que atendia criança.
Criança de 5 anos morreu em agosto após ficar quase um mês em coma.
O Ministério Público do Rio informou nesta quarta-feira (1º) que, por meio da 25ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, pediu esclarecimentos médico-hospitalares sobre os cuidados prestados à menina Joanna Cardoso Marins, de 5 anos, que morreu em 13 de agosto, após ficar quase um mês em coma.
As informações, ainda segundo o MP do Rio, foram solicitadas ao Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, onde a criança foi liberada desacordada por um falso médico; a uma médica que prestou atendimento à menina no Hospital Amiu, de Botafogo, na Zona Sul, onde Joanna ficou internada no CTI e faleceu; a um laboratório que realizou exames na menina durante o período da internação; e a uma psicóloga que estaria atendendo Joanna no período que antecedeu sua internação.
Joanna era alvo da disputa dos pais desde o nascimento. A causa de sua morte ainda é desconhecida para a polícia e os médicos. Uma das hipóteses investigada é se a menina foi vítima de maus-tratos, já que ela tinha uma mancha nas nádegas que, segundo o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), parecia uma queimadura. Além do Rio Mar e do Amiu, a menina também chegou a ser atendida no Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, também na Zona Oeste, onde foi medicada.
O MP do Rio informou ainda que as informações servirão para auxiliar o parecer médico-legista que está sendo elaborado pelo Grupo de Assessoria Técnica (GATE) do Ministério Público. Os ofícios deverão ser respondidos em até 48 horas a partir da data do recebimento.
Falso médico indiciado por homicídio doloso
Na terça-feira (31), o falso médico que atendeu Joanna foi indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar. A informação é do delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Marques, da Delagacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). Para ele, o falso médico, que admitiu à polícia ser estudante de medicina, assumiu o risco de provocar eventuais mortes, já que não estava apto para exercer a função. O estudante, que está foragido, teve a prisão decretada logo após a morte de Joanna.
Ele também responde por outros quatro crimes: exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, falsidade de documentos públicos e tráfico de drogas, já que em depoimento à polícia, o estudante confessou ter aplicado um anticonvulsivo em Joanna. A droga pode causar dependência química.
De acordo com a polícia, a pediatra do Hospital Rio Mar, acusada de contratar o estudante, também foi indiciada pelos cinco crimes. Ela está presa desde 14 de agosto, em uma penitenciária em Bangu, na Zona Oeste da cidade. Em depoimento, a médica negou as acusações.
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