Mas a notícia que vai estampar as capas dos jornais de amanhã e será comentada em todos os telejornais do Brasil, é o assassinato do advogado-empresário-réu Anderson Miguel.
Queima de arquivo.
A manchete deveria ser essa, pois foi exatamente o que ocorreu. Ou o leitor acredita em outra versão?
A morte do advogado, que deixa um monte de gente ficha-limpa novamente? As investigações irão prosseguir, agora que a principal testemunha (o delator do esquema) está morto?
Veja matéria abaixo e tire suas conclusões.
Joserrí de Oliveira Lucena
O advogado e empresário Anderson Miguel foi morto
dentro de seu escritório de advocacia
O empresário Anderson Miguel, um dos réus da Operação Higia, que
investiga um suposto esquema de desvio de verba pública e fraude em
licitações no Governo do Estado, foi morto a tiros na tarde desta
quarta-feira (01) na Zona Sul de Natal.
O crime aconteceu por volta das 17h, em seu escritório localizado na
Avenida Miguel Castro. De acordo com informações do coronel Alarico Azevedo,
Anderson Miguel foi morto com três tiros na cabeça, dentro de seu escritório de
advocacia. Testemunhas informaram que o crime foi cometido por dois homens que
chegaram ao local em um Siena branco.
Eles teriam entrado no escritório e ido até a sala da vítima, onde
efetuaram os disparos de uma pistola .40 . O delegado geral Fábio Rogério Silva
informou que o caso será investigado pela Polícia Civil. Por volta das 18h45 os
técnicos do Itep levaram o corpo de Anderson Miguel.
Muitos curiosos, colegas de trabalho e familiares do advogado foram ao
local. A tia de Anderson, identificada como Amélia Silva de Morais falou a
imprensa que alertava o sobrinho sobre as suas atividades e o envolvimento com
a ex-mulher. ” Eu não sei quem fez isso, mas Deus sabe. Eu alertava Anderson
para ele tomar cuidado”, afimou Amélia.
RELEMBRANDO O CASO
Foto: Tribuna do Norte. Anderson Miguel foi assassinado
dentro do escritório
Em novembro do ano passado, Anderson Miguel foi interrogado e prestou
depoimentos “bombásticos”. Ele declarou que a ex-governadora Wilma de Faria
(PSB) tinha conhecimento de todas as supostas irregularidades que aconteceriam
no processo de contratação dos serviços de higienização hospitalar, alvo da
investigação.
Diante do juiz Mário Jambo, o réu afirmou que chegou a pagar R$ 3
milhões em propina para que fossem facilitados os pagamentos do contrato
firmado entre sua empresa, A&G Locação de Mão de Obra e a Secretaria
Estadual de Saúde, que segundo ele, era comum atrasar.
Segundo Anderson, a destinação final desse dinheiro era o filho da
ex-governadora, Lauro Maia e o ex-secretário da Casa Civil e de Planejamento e
Finanças, Vagner Araújo, um dos homens de confiança da administração de Wilma e
candidato a vice-governador na chapa do PSB em 2010.
Durante o interrogatório, o empresário disse que quem ia buscar esses
valores em seu escritório para levá-los aos destinatários eram o ex-secretário
adjunto de Esporte e Lazer do estado, João Henrique Lins Bahia Neto, o
jornalista Diógenes Dantas, o irmão da ex-governadora, Fernando Faria e o
ex-prefeito de Macaíba, Luiz Gonzaga.
O réu ainda declarou, em seu interrogatório, que o deputado Wober
Junior, na época chefe do Gabinete Civil, chegou a solicitar o repasse de 15%
do valor de um contrato de mão de obra para o SAMU, o que representaria cerca
de R$ 40 mil.
Fonte: DN Online
Fonte: BlogdoEduardoDantas
Clique aqui e leia que Polícia prendeu um suspeito, poucas horas após o ocorrido.
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