segunda-feira, 13 de junho de 2011

Internet tem cada uma...

... pois é.

 

No mundo virtual as pessoas são perfeitas, ou próximo disso.

 

É por isso que não se deve confiar nos dados de perfil, fotos, fatos e detalhes que podem ser maquiados com intenção de atrair leitores e ávidos interessados em resolver seus problemas ou encontrar o amor de suas vidas...

 

Um perigo. Principalmente porque a Engenharia Social, estratégia e tecnologia para captar informações essenciais por golpistas, acaba sendo uma arapuca que atrai pessoas do mundo inteiro.

 

O mais novo golpe virtual foi praticado por um estudante norteamericano de 40 anos, que criou um fake de mulher gay árabe e mobilizou pessoas de várias partes do mundo por sua suposta libertação. Leia matéria na íntegra logo abaixo, conforme publicado em Época.

 

Farsa desmascarada, ficam várias lições, das quais destaco a de que não se pode ser INGÊNUO diante da maior atrocidade, barbaridade, notícia chocante ou que nos seja potencialmente motivo de curiosidade: cabe fazer como os cristãos de Beréia, que investigavam cada ensino dos rabinos à luz das Sagradas Escrituras.

 

É assim aqui neste blog; não publicamos boatos, suspeitamos de informações perfeitas demais e e checamos outras fontes para prestar uma informação minimamente confiável. Isso tem a ver com credibilidade, que se busca construir diariamente.

 

Sds,

 

Joserrí de Oliveira Lucena

 

Blogueira síria era um estudante americano

seg , 13/6/2011

Redação Época

Mundo Tags: 120611, Internet, Oriente Médio, Síria, The Guardian

O mistério envolvendo a autoria do blog A Gay Girl in Damascus (Uma garota gay em Damasco) acabou no fim do domingo. Depois de uma semana de muita polêmica, o americano Tom MacMaster, de 40 anos, admitiu ser o responsável pelo blog e confessou ter criado a “persona” da ativista lésbica síria Amina Abdallah Araf.

Criado em fevereiro, o blog fez grande sucesso por conta dos temas polêmicos que abordava, como a homossexualidade em um país árabe e a participação de Amina nos protestos contra o regime do ditador Bashar al-Assad. Na semana passada, um post assinado por uma suposta prima de Amina surgiu no blog causando enorme repercussão. Segundo o texto, Amina teria sido sequestrada por forças de segurança sírias. O fato fez a imprensa internacional correr atrás de informações sobre a garota, e aí a farsa começou a ser descoberta, como conta o Guardian:

As notícias geraram campanhas na internet para a libertação dela, até que ativistas na Síria e em outros países começaram a levantar dúvidas. Ficou claro que ninguém, mesmo uma mulher no Canadá que acreditava ter um relacionamento com Amina, tinha falado com ela pessoalmente, e outros detalhes não puderam ser confirmados. Nos últimos dias, um exército de blogueiros, jornalistas e outras pessoas descobriram traços de evidência que apontaram para MacMaster e sua mulher, Britta Froelicher.

No domingo, o cerco estava praticamente fechado, e MacMaster admitiu ser o autor da farsa. Em um pequeno texto, ele pede desculpas aos leitores e diz que, mesmo tendo usado uma “narrativa ficcional”, os fatos registrados no blog “são verdadeiros”.

Só espero que as pessoas prestem mais atenção ao povo do Oriente Médio e a suas lutas neste ano de revoluções. Os eventos estão sendo moldadas pelas pessoas que vivem lá diariamente. Eu tentei somente para iluminá-los para uma audiência ocidental. Essa experiência, infelizmente, apenas confirmou os meus sentimentos em relação à cobertura muitas vezes superficial do Oriente Médio e da difusão de novas formas de orientalismo liberal.

MacMaster se engana duas vezes. A primeira ao usar sua farsa para criticar o comportamento da imprensa, que na verdade tem feito grandes coberturas dos eventos desde o início do ano. Em seu blog pessoal, o jornalista Brian Whitaker, do Guardian, comenta:

Se a intenção era testar a ingenuidade da mídia, MacMaster andou pelo caminho errado, fazendo o conteúdo do blog muito plausível. Para um bom teste, teria de haver alguns indícios bastante óbvios que um jornalista razoavelmente consciente deveria detectar. Neste caso, não parece ter havido nada, especialmente se as dificuldades de comunicação na Síria forem tomadas em consideração.

O segundo engano de MacMaster é sobre os efeitos de seu golpe. As possibilidades de comunicação que a internet cria foram, são e serão fundamentais para o levante árabe. Ainda que apenas as manifestações organizadas nas ruas sejam capazes de produzir modificações nos regimes árabes, a internet deu voz e legitimidade a diversas causas reprimidas, como as dos gays nos países árabes. Com sua farsa, MacMaster conseguiu afetar duramente a credibilidade deste veículo. O consolo é que, para cada MacMaster, há dezenas de árabes que divulgam e discutem de forma genuína os problemas de seus países na internet. São eles que vão moldar o futuro do Oriente Médio neste período fundamental para a história da região.

José Antonio Lima

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