sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Samuel, o diabetes, a insulina e a dieta

Não tem sido fácil emocionalmente virarmos enfermeiros (na marra).

Com o diabetes de Samuel as coisas ocorreram muito rapidamente - imaginem que em uma semana apenas tivemos o diagnóstico (somado a uma infecção bacteriana), a internação em UTI, a carga de informações em 72 horas, a desconstrução de paradigmas, reaprender hábitos alimentares, e fazer testes de glicemia e aplicar insulina (com a dor de ter que furá-lo ao menos 4 vezes ao dia - quando dá tudo certo).

A solidariedade de pessoas que têm parentes em tratamento ajuda no compartilhamento de experiência. O apoio e oração de todas as pessoas que conhecem o caso tem sido muito eficazes na recuperação de Samuel e em nosso estado emocional, a quem muito devemos, pois nosso baque, apesar de grande, não nos derrubou (choramos, é verdade, mas não estamos pranteando). Cremos na vitória por Aquele que nos redimiu do pecado (Jesus Cristo) a quem seja dada toda honra e glória!

Há pessoas bem intencionadas que desejam a cura (não menos do que nós), mas cujos métodos de tratamento não são recomendados pela medicina e podem representar risco de vida para o bebê (como chás, raízes, infusões, simpatias, etc); chova ou faça sol, SAL (Samuel de Araújo Lucena) não pode ficar sem insulina (esta é uma lição que aprendemos com a nutricionista Dra Ana Sueli, que é diabética há 28 anos, com diagnóstico infanto-juvenil).

Estamos ainda aprendendo que alimentos aumentam ou diminuem os índices de glicose, bem como os horários de alimentação (é penoso e sofrível ver Samuca chorando por biscoito, "gagau" e peito - pois ainda mama - e a gente tem que dizer não, para seu próprio bem).

Temos nos esforçado para fazer o melhor. As aplicações de insulina estão sendo feitas com canetas e agulhas que diminuem o trauma. Nisso contamos com a orientação da Dra Taisa Macedo (endocrinologista), que nos tem sido de grande apoio.

A segurança dos profissionais que nos têm atendido é fundamental para assimilarmos a pancada, deixar "cair a ficha" e fazer o que é correto, para o bem de todos nós. Por isso, resistimos o mínimo possível ao diagnóstico (não por credulidade total na medicina), por acreditarmos que nossa conscientização ao invés de negação do problema é indispensável para um tratamento eficaz, e o que vai contribuir para termos excelentes momentos com Samuel e proporcionar-lhe uma qualidade de vida (quase) igual a de outros meninos de sua idade...

... menos naquilo que o próprio ambiente não esteja desenhado para recepcioná-lo adequadamente (escola, por exemplo) e ele não esteja treinado para saber distingüir e selecionar o que pode e o que não pode ingerir: festas de aniversário estão temporariamente suspensas  (exceto na de outros diabéticos de qualquer faixa etária...).

Um grande abraço desses pais corujas que têm dormido pouco, lido e ouvido muito, e se esforçado para dar o melhor e o que estiver ao alcance para que Samuel sofra menos.

Joserrí e Joana Darc Lucena

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