Sempre que muda o chefe do Executivo, lá se vão milhões em gastos com mudança dos timbres, brasões e outros apetrechos utilizados para caracterizar o governo (veículos, sites, imóveis...).
Como se não bastassem usurpar do cargo (transitório, posto que não somos monarquia), criam um aparato para expor sua marca pessoal, incluindo patrocínio a times de futebol, programas de TV, blogs de jornalistas (para controle da mídia); desse modo, conseguem auto-promoção com recursos do erário.
Isso é um insulto, que o Ministério Público não deveria tolerar. Por que um chefe do executivo, seja quem for, pode utilizar recursos públicos para massificar sua logomarca pessoal de governo? Tais políticos deveriam pagar essa publicidade de seus bolsos (o que ainda seria imoral).
Só para registro, os hospitais do Estado do RN estão vivendo uma de suas piores crises. Estive no Hospital Regional de Caicó, com um parente doente (uma criança), e até as enfermeiras tiveram dó ao ter que utilizar uma seringa de agulha grossa para aplicar uma simples injeção no bebê: é que não dispõem de agulhas específicas (finas) para crianças. O decalque pós aplicação é improvisado com um pedaço de algodão e fita adesiva.
Enquanto isso a governadora anunciou R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de Reais) para patrocinar os times de futebol do estado no campeonato brasileiro. Em "troca" utilizarão a logomarca do governo (dela e não o brasão do Estado) nas camisetas dos jogadores. Nas fotos oficiais da divulgação da novidade, os jacarés estão ali, babando por um naco da "bolada"... não por acaso, parte dos dirigentes é formada por políticos em dupla jornada (isso pode ser considerado tráfico de influência?).
Alô pessoal! Existem muitas formas de lesar o interesse difuso... nas nossas barbas. E ainda tem quem comemore, como se isso fosse bom.
Foto: Canindé Soares |
Joserrí de Oliveira Lucena
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