segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ensaio sobre a Graça: Olavo Saldanha

Achei o texto uma jóia do Cristianismo.

Como diz muito sobre nosso modo de crer e de relacionamento com O Deus Verdadeiro, publico, devidamente autorizado pelo autor.

Joserrí de Oliveira Lucena

Ensaio sobre a Graça - por Olavo Saldanha

Depois de um sacrifício tão grande por que Deus dificultaria a sua relação com o homem? 
Não foi para reabilitar seu relacionamento com o ele que Deus enviou Jesus?
Por que cargas d’água Jesus sofreria todas as humilhações, toda a violência, todo o castigo e dor de levar sobre Ele os pecados do homem?
Para dificultar as coisas para o pobre perdido?
Assim não seria melhor ele não ter vindo e deixado o homem na perdição, a tatear no escuro?
Ponha-se no lugar de um perdido. Você provavelmente pensaria que, para conseguir algo com Deus teria que percorrer o longo caminho de se associar a alguma igreja, escolher uma confissão, viver uma vida normatizada, achar que cada pecado cometido seria o fim de todo o esforço que havia empreendido até aquele momento para tornar-se aceitável para Jesus.
Teria que começar tudo de novo, cada vez que pecasse, tentaria conquistar a confiança de Jesus novamente até você se esquecer de que cometeu aquele delito, ou até você achar que Jesus se esqueceu também.
Ainda teria de passar pela humilhação do crivo dos outros irmãos e ser mantido sob vigilância constante. Acaso, ainda, ser for pego por algum irmão numa falta em algum lugar, teria a humilhação de ser tratado como uma escória e punido sob pena de perder cargo e respeito, e só depois de ser reavaliado, pela aparência, para poder voltar ao convívio. Um verdadeiro cativeiro.
Sua sensação é de, sendo um bom empregado da igreja, será por tabela um bom empregado de Deus.
Isso é o mais indecoroso raciocínio que alguém poderia ter de Jesus. Raciocínio digno de quem gasta todo o tempo do mundo desenhando fórmulas teológicas para entender porque Jesus não quer que ninguém pague nada e impedir que as pessoas assim entendam.
A religião não aceita de forma alguma que não haja nenhuma necessidade de atravessadores maquiavelicamente organizados para oferecer Deus como um produto aos homens. Um deus para cada corrente de pensamento.
Você acha que Jesus compactuaria com a criação de tantas igrejas, cada uma com um ritual, cada uma com um estatuto, cada uma com uma confissão diferente? Só para atravancar o caminho do pobre homem e deixá-lo atordoado sem saber qual é a que melhor represente o evangelho?
Numa confusão tão grande de interpretações que Jesus parece mais uma agulha num palheiro, difícil de encontrar, difícil de saber qual é a característica verdadeira Dele.  
Jesus chamou de Igreja o homem e o resultado do relacionamento do homem com Ele e com o próximo. Ponto final. Este relacionamento devia dar-se no âmbito do sentimento, do amor, da graça comum, do repartir o pão. Nunca no aspecto geográfico, no ajuntamento sem amor, sem liberdade de viver, de expressão e compreensão mútua.
A palavra GRAÇA não aceita emendas, a sua formulação errada, como a que acontece na religião, trás sérias conseqüências. Se você for designar a privação da GRAÇA, usará o prefixo DES. DESGRAÇA seria a palavra, e ela é terrível. Se você não quiser usar tão funesto prefixo, usará outra palavra para ajudá-la na designação, mesmo assim o quadro séria desalentador; SEM GRAÇA, ou seja, algo sem alegria, sem felicidade. Eu não quero viver num mundo DESGRAÇADO ou SEM GRAÇA.
Jesus é a resposta graciosa, leve, sem fardos, sem necessidades imponderáveis, sem pagamentos, sem sacrifícios.
“Vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” “Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Jesus (Mateus 11:28,30)
A religião costuma dizer isso para os ímpios, Jesus diz isso para todos, principalmente para os religiosos, que era a classe que ele mais lamentava.
“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” (Mateus 23:13)
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. (Mateus 23:15)
Jesus é a Graça em pessoa, Ele é o benefício, a dádiva, a benevolência, a estima, a boa vontade, a paciência com os de comportamento difícil. Não fosse assim, meu irmão, você não teria chance.
E pensar que eu quase troquei Jesus, “A alegria dos homens” pelo “Tico-tico no fubá”.
Soli Deo Gloria

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