Mesmo ainda sendo um método intermediário, a aplicação com canetas é menos doloroso e menos traumático psicologicamente, inclusive para crianças.
Prá vocês terem uma idéia do atraso no atendimento a esta doença crônica, a insulina em refis para caneta injetável não fazem parte do programa de distribuição gratuita da Farmácia Popular. E a maioria dos funcionários de apoio em secretarias de Saúde e postos de saúde pouco conhecem de insumos para monitoração da glicose e testes de glicemia.
Vamos torcer para que o método abaixo seja aprovado rapidamente.
Injetar insulina diariamente sem uso de agulhas já é uma realidade em alguns países
Muitas pessoas que são obrigadas a tomar insulina diariamente têm medo de agulha, especialmente jovens e crianças, ou mesmo os pais que tem que aplicar em seus filhos. Por este motivo, não nos surpreende o grande número de pesquisas existentes em busca de um meio de administrar insulina por outras vias. Não é possível tomar insulina em forma de comprimido, pois a mesma seria destruída pelos ácidos do estomago, perdendo, assim, sua eficiência. Com relação às bombas de infusão, temos que conviver com o elevado custo de aquisição e manutenção.
Desenvolvimentos recentes originaram em um novo injetor de insulina livre de agulha, que já vem sendo comercializado com sucesso em alguns países como Reino Unido, Holanda, Portugal, Espanha e Egito desde 2009.
Tecnicamente, este novo injetor, o SQ-PEN, elimina os inconvenientes da agulha, e também os inconvenientes existentes nos injetores de insulina usados anteriormente (perda e/ou vazamento de insulina, disparo acidental do dispositivo, etc.).
O SQ-PEN é um Injetor de insulina sem agulhas que libera a insulina no tecido subcutâneo graças a uma poderosa mola que a injeta através de um bocal especialmente desenhado.
O usuário, após carregar a sua dose prescrita de insulina, só precisa pressionar o bico contra a pele para fazer a injeção, então a insulina é liberada a uma velocidade que permite a sua penetração na pele para sua difusão no tecido subcutâneo. A SQ-PEN só faz o disparo se a pressão contra a pele for suficiente, garantindo assim uma administração plena, com risco mínimo de vazamentos e/ou perdas e sem risco de ativação do dispositivo contra a vontade.
Primeiro a insulina penetra na pele de maneira perpendicular e imediatamente depois se espalha em todas as direções no tecido subcutâneo. A disseminação da insulina é feita de tal forma que é impossível injetar no músculo e até mesmo em alguns casos, podendo reduzir o número de unidades necessárias.
Além disso, o nível de dor percebida com a aplicação sem agulha, de acordo com estudos feito, é significativamente inferior ao nível de dor percebida com os aplicadores tradicionais e a ocorrência de pequenos sangramentos e hematomas é muito menos freqüente do que antes.
A SQ-PEN limita o risco de lipodistrofia (um problema comum em conseqüência das repetidas aplicações de insulina no mesmo local) eliminando o medo de inserir a agulha em algumas áreas do corpo e permitindo assim uma melhor rotação dos locais de aplicação.
Também se sabe que algumas pessoas com diabetes são dependentes de outros (tais como membros da família ou profissionais de saúde) para aplicar sua insulina, porque são muito jovens ou idosos e/ou necessitam de ajuda para evitar acidentes com agulhas. Nestes casos, o uso de um dispositivo como o SQ-PEN pode promover a independência e autonomia no tratamento.
O SQ-PEN é fabricado por uma empresa holandesa a Diabetes Management International B.V., e não temos notícias de quando será comercializada no Brasil.
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