quarta-feira, 23 de março de 2011

Monóxido de Carbono faz vítimas: Gustavo Lage e Alessandra Paolinelli

Monóxido de carbono não tem cheiro. Por isso, é ainda mais letal; a pessoa não tem como reagir, pois nem sabe que está sendo intoxicada.

É expelido na descarga de veículos desregulados, de bocas de fogão, lareiras ou aquecedores a gás em queima irregular. Vários são os casos relatados de vítimas desse  assassino silencioso.

Veja o caso de um casal que estava hospedado em Minas Gerais, e que a polícia ainda investiga outras linhas, mas ao que tudo indica, é caso de envenamento involuntário pelo gás monóxido de Carbono.


Laudo aponta excesso de monóxido de carbono em casal morto em MG

Morte de casal em pousada de Brumadinho, em Minas Gerais, começa a ser esclarecida pela polícia



A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou neste sábado que um laudo do exame de dosagem de monóxido de carbono realizado nos corpos de Gustavo Lage Caldeira Ribeiro, 23 anos, e Alessandra Paolinelli Barros, 22,  encontrados mortos em pousada em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, identificou dosagem de monóxido de carbono "acima do tolerável".
O laudo divulgado aponta a presença de carboxihemoglobina na concentração de 62% em Alessandra e de 68% em Gustavo, o que indica intoxicação por monóxido de carbono. Segundo o comunicado, a exposição, por mais de uma hora, a níveis acima de 60%, de acordo com a perícia, leva a morte rápida.
A família de Gustavo acredita que um acidente tenha tirado a vida do casal. Um primo de Gustavo, que não quis se identificar, disse que algumas pessoas levantaram a hipótese de envenenamento por gás, emitido por uma lareira ou por uma banheira do quarto em que os jovens estavam hospedados. Segundo ele, a banheira do quarto tinha água quando os policiais encontraram os corpos, na manhã da quinta-feira. Exames toxicológicos complementares ainda estão sendo processados. Outra providência determinada para esclarecer o caso é o resultado da perícia feita no local pela equipe de engenharia legal.
Foto: Arquivo Pessoal
Alessandra Paolinelli e Gustavo Lagem durante viagem à Bahia
“O legista disse que não há hipótese de agressão. As famílias têm um ótimo relacionamento e nós pensamos na hipótese de intoxicação por gás da lareira ou da banheira, mas não sabemos se o mecanismo era a gás. Parece que foi um acidente”, avalia o parente. O primo de Gustavo disse ainda que uma tia médica acompanha de perto as investigações sobre as mortes.
Os corpos do casal foram encontrados sem sinais de violência. O jovem estava vestido com peças íntimas. O único ferimento encontrado foi no supercílio de Gustavo, o que não justifica a morte. Cálculos de legistas indicariam que as mortes ocorreram por volta de 2h e 3h da quinta-feira.
Outro parente de Gustavo contou que o jovem disse recentemente que a namorada, Alessandra Paolinelli Barros, 22 anos, estudante de medicina, era quem ele havia escolhido para se casar. “Eles estavam felizes, planejando o futuro”, lembra.
Aproximadamente 200 pessoas acompanharam o enterro de Gustavo no final da tarde desta sexta-feira.
A vida de Gustavo
Amigos dele disseram que o universitário era uma pessoa muito bem-humorada e que hipóteses de suicídio ou homicídio seguido de suicídio são absurdas. Perplexos, amigos e parentes do jovem rezaram por ele, que teve o corpo enterrado sob aplausos.
Gustavo trabalhava como garçom em um restaurante de um shopping na Região Centro-Sul de Belo Horizonte e era considerado uma pessoa responsável. “Eles eram apaixonados e tinham a cabeça muito no lugar. A família está muito chateada com teses de que houve um pacto de morte”, contou um amigo do estudante, lembrando que recentemente eles estiveram em viagem pela Bahia.
Na terça-feira à noite, Gustavo e Alessandra jantaram na pousada em que estavam hospedados em Brumadinho, a 50 quilômetros da capital mineira, a Estalagem do Mirante. Foi a última vez em que eles foram vistos vivos. Funcionários da pousada contaram a familiares dos universitários que eles estavam tranquilos e pareciam felizes. “Como ele era garçom, fez questão de cumprimentar até os funcionários da cozinha”, disse um parente de Gustavo.
Enquanto o corpo de Gustavo foi sepultado em Belo Horizonte, o da namorada dele foi enterrado na cidade de Carmópolis de Minas, a 107 quilômetros da capital, também no final da tarde. A Polícia Civil divulgou hoje que o laudo preliminar da morte dos jovens foi inconclusivo e que novos exames laboratoriais, com materiais coletados dos corpos, serão realizados e devem ficar prontos em até 30 dias.
Com informações de Denise Motta, iG Minas Gerais

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