Rio de Janeiro: família de motorista processará empresa

Todos bem sabemos que médico não é vidente para afirmar que uma pessoa internada corre ou não risco de morte. Esta semana mesmo, aqui em Natal, um ferido por projétil de arma de fogo foi considerado fora do risco de morrer, e a família doou os órgãos menos de 24 horas após o desligamento dos aparelhos (morte cerebral).

A família das vítimas se manifestar, cobrando indenização, não é para ser motivo de nossa ira; o Estado tem sido omisso em tarefas simples, para usar um eufemismo, como o fato de fiscalizar.

Na hora de cobrar o imposto do cidadão, é extremamente eficiente, por vezes realizando a dedução dos tributos em folha de pagamentos; mas, na hora do retorno desse imposto em forma de serviços de segurança, saúde, saneamento, etc, é muitíssimo burocrático e conivente com desvios praticados em todas as esferas do poder - colocando em risco a vida daqueles que dependem desse retorno para sobrevivência.

O caso do acidente com o ônibus no Rio de Janeiro expõe um quadro que é similar em todos os rincões, em que proprietários dessas empresas bancam campanhas políticas para operarem sob os olhares protetores do poder com verdadeiras sucatas (e eles costumam acender uma vela prá Deus e outra pro diabo - com financiamento de políticos de todos os naipes - pois não sabem quem vai ganhar).

Aqui, outro dia, após acidente grave, a Polícia Rodoviária Federal constatou ônibus coletivo com chassis, motor, carroceria e placas originários de 4 veículos diferentes... pode?

O resultado dá nisso: os inocentes é que pagam com a vida, na maioria das vezes, e que ficam à mercê do acaso para continuarem sobrevivendo; viram notícia por 15 minutos e são esquecidos em seguida.


Vejam o caso do Rio de Janeiro






Família de motorista irá processar empresa de ônibus

Acidente na Avenida Brasil: ônibus bate em passarela e motorista fica gravemente ferido / Foto: Wania Corredo / Agência O Globo

A esposa do motorista José Maria de Araújo, de 55 anos, que dirigia o ônibus que bateu contra uma das muretas da passarela 7 da Avenida Brasil, em Bonsucesso, na madrugada deste domingo, disse que a família pretende processar a empresa de ônibus Caravele, responsável pela linha Central-Sargento Roncalli. A atitude será tomada porque o motorista, que teve uma perna amputada e a outra fraturada, além do fêmur deslocado, teria dito aos funcionários do hospital que a barra de direção do veículo quebrou e que, por isso, aconteceu o acidente.

- Não consegui falar com o meu marido, mas a enfermeira conversou com ele, que disse que o acidente foi causado por um defeito na barra de direção. Ele já estava reclamando dos carros da empresa há algum tempo. Semana passada, ele estava com dores nos ombros por causa da direção de um dos veículos que estava muito dura. Nós vamos entrar na justiça contra a empresa, isso não pode ficar assim, como ele vai trabalhar agora? - indaga a esposa do motorista, Rosilene Aparecida Cabral.

Aposentado, José Maria trabalha há quatro anos na Caravele e, segundo a família, o motorista dormiu o dia inteiro antes de ir trabalhar, às 22h30 do último sábado. Ele é o responsável por sustentar a casa.

- É ele quem paga todas as nossas contas, vivemos de aluguel e ainda criamos um neto de dois anos. Agora, não sei como vai ser. Como ele vai trabalhar assim? Estou desorientada - desabafa Rosilene.

José Maria teve a perna direita amputada pelos bombeiros no próprio local do acidente, para que ele pudesse ser retirado das ferragens. A outra perna foi fraturada. Levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, o motorista se preparava no início da tarde deste domingo para uma cirurgia de recolocação do fêmur. O estado de José Maria é considerado grave, já que ele perdeu muito sangue, no entanto, sem risco de morte.

Fonte: Extra

All we know that doctor is not seer to say that a person admitted or not run the risk of death. This week, right here at Christmas, wounded by a bullet from a firearm was considered out of danger of dying, and the family donated the organs 24 hours after shutdown of the machine (brain death).
The family of the victims to speak, demanding compensation, not to be reason for our anger, the state has been remiss in simple tasks, to use a euphemism, like the fact of monitoring.
At the time of collecting the tax from the citizen, is extremely efficient, sometimes performing the deduction of taxes on payroll, but in time for the return of that tax in the form of security services, health, sanitation, etc., is highly bureaucratic and condoned deviations practiced in all spheres of power - putting at risk the lives of those who depend on that return for survival.
The case of the bus crash in Rio de Janeiro presents a framework that is similar in all the corners, where owners of these companies bancam political campaigns to operate under the protective gaze of power with real scrap (and they usually light a candle for God and another to the devil - with funding from politicians of all stripes - they do not know who will win).
Here, another day, after a serious accident, the Federal Highway Police found public bus chassis, engine, body and boards originating from four different vehicles ... can?
The result gives it: it is the innocent who pay with their lives, most of the time, and that are at the mercy of chance to continue surviving, saw news for 15 minutes and are then forgotten.